sábado, 5 de abril de 2014

Planejando uma viagem - Parte I

Oi gente!

Fiz esse blog para falar de viagens, em especial as que eu fiz/fizer. Como eu não viajo muito, acabo não fazendo postagens muito frequentes. Há algum tempo, venho querendo fazer um post com dicas de planejamento para viagens. Quem me conhece sabe o quanto eu gosto de planejar as coisas. Na verdade, não é que eu goste (tá, eu gosto!), mas eu sou assim: preciso planejar tudo para funcionar. E com viagens não é diferente...


Quando se fala em viajar, há quem prefira ir a um lugar sem conhecer, mergulhar de cabeça e ir descobrindo o local aos poucos, depois que já estiver lá. É uma opção válida, dependendo das suas condições e das circunstâncias. Mas se você tiver poucos dias para ficar em uma cidade com várias atrações legais, é mais proveitoso fazer o máximo de coisas que você conseguir fazer em 24 horas. Para isso, acredito que o planejamento seja fundamental. Fazendo um roteiro com locais e atrações que você quer conhecer vai evitar perda de tempo e dor de cabeça.

Não fiz muitas viagens na vida (mas farei, se Deus quiser!), mas, nas que fiz, planejei tudo muito bem planejado e não me arrependo nem um pouco: tudo deu certo e conseguir fazer tudo o que queria (e mais um pouco!). Pretendo continuar planejando em detalhes minhas futuras viagens e, nesse post (e no próximo), compartilhar com vocês algumas dicas, principalmente para quem pretende viajar mas não sabe por onde começar.


1) Destino


Na minha opinião, essa é a parte mais divertida (fora a viagem, claro): decidir e conhecer o destino!



Com tantos lugares bonitos no mundo pra visitar, fica difícil decidir para onde ir. Lógico que isso vai depender de alguns fatores:

Orçamento: É o que mais pesa na hora de decidir um destino. Se você já tem um destino em mente, mas o orçamento está apertado, você terá duas opções: a) adiar um pouco a viagem, para conseguir juntar mais dinheiro; b) restringir o número de atrações que você vai visitar e/ou a quantidade de dias que vai passar no local.


Tempo disponível: Outro fator importante a ser considerado. Se você quer fazer uma viagem à Europa mas só conseguiu tirar 10 dias de férias, por exemplo, não compensa o deslocamento (na minha opinião). Se você quiser aproveitar esses dias de férias, vá para algum lugar mais próximo, como cidades do Brasil ou de países da América do Sul. Mas se sua vontade é mesmo visitar a Europa (ou outro destino mais distante, com muitas opções de lazer), tente realizá-la quando tiver uma quantidade maior de dias disponíveis. (Gente, estou falando isso para quem tem orçamento mais restrito, mas se você tiver dinheiro sobrando, esqueça essa dica e vá para onde puder e quiser!)


Clima: Se você está com algumas opções de destino em mente, mas está com dificuldade em decidir, leve em consideração também o clima/estação do ano no local quando você for realizar a viagem. Se você está morrendo de vontade de conhecer NY ou Boston mas quer fugir do frio, evite ir no período de dezembro a março. Conhecer o clima vai ser muito útil também na hora de fazer as malas. Existem sites que indicam a melhor época para visitar certos locais, considerando a sensação térmica, volume de chuvas, belezas naturais, dentre outros fatores.



Decidido (ou não) o destino, é hora de pesquisar! Não se desanimem com o “pesquisar”, porque ao contrário do que muita gente pensa do termo, pesquisar pode ser muito legal. Acho muito divertido procurar informações de destinos turísticos e ficar sonhando acordada em um dia poder visitá-los. E a pesquisa pode dar o último empurrão na hora de decidir definitivamente o destino.

Comece pesquisando na internet as atrações mais famosas, sem compromisso, em sites de turismo. Para organizar as ideias, eu faço (e sugiro) o seguinte: crie uma planilha no Excel (adoro o Excel!) e vá colocando todas as atrações que encontrar, independentemente se você vai poder arcar ou não. Esse é o primeiro passo: conhecer o máximo de informações turísticas possíveis para depois decidir onde realmente vai. À medida que você for pesquisando, vai acabar descobrindo locais super legais que você nem imaginava que existiam na cidade que você vai visitar e que às vezes nem são tão divulgados.

E se é pra deixar organizado, vamos fazer direito! Crie uma planilha com as seguintes colunas:
  • Atração: aqui você vai preencher o nome da atração turística.
  • Categoria: a atração pode ser um museu, um jardim, uma igreja, um show, um passeio, um restaurante, uma praça, um teatro, um cinema, um pub, um parque, etc. Essa informação pode te ajudar a decidir opções de categorias diferentes, para a viagem ficar mais diversificada.
  • Endereço: essa informação vai ser importante quando você for definir o roteiro diário de atrações: é interessante ir, num mesmo dia, a locais próximos uns dos outros.
  • Preço: fundamental para decidir a quais das atrações você poderá ir, de acordo com seu orçamento. No caso de destinos internacionais, é melhor colocar o preço na moeda do país, para num momento posterior fazer a conversão.
  • Observações: aqui você colocará informações pertinentes a respeito da atração: horário de funcionamento, funcionamento em dias de feriado, melhores períodos do dia para visitas, duração de um passeio/show e o que mais você achar necessário.
  • Link: algumas atrações possuem sites próprios. Copie e cole o link aqui, para facilitar pesquisas futuras, quando necessário. Se a atração não tiver site, pode copiar o link do site no qual você obteve as informações.


Tirei um print de uma das linhas da planilha que fiz para a viagem a Los Angeles:


Além das atrações, acho muito legal pesquisar também a culinária típica da cidade ou país. Acredito que quando fazemos uma viagem, temos que aproveitar ao máximo e conhecer a culinária da região definitivamente faz parte! Tomar um chimarrão no Rio Grande do Sul, comer um acarajé na Bahia, uma boa massa na Itália e até mesmo um espetinho de grilo na China são itens que tem que estar na “to do list” de quem vai a esses lugares (OK, acho que o espetinho de grilo só vai ficar na minha lista mesmo...).

E também, se for viagem internacional, é legal aprender pelo menos um pouquinho da língua do país, nem que seja só um “merci beaucoup”, um “hola, qué tal” ou um “arrivederci”. São coisas que enriquecem a viagem e a vida!


2) Orçamento, duração e período


Bom, depois de conhecer o destino pretendido, é hora de começar a tomar decisões mais concretas a respeito de orçamento, duração e período de realização da viagem. Na verdade, a escolha do destino anda lado a lado com esses fatores, como disse anteriormente.

Defina as datas de ida e volta, para poder comprar as passagens (item 3, próximo post) e tenha em mente quanto tempo você irá gastar de deslocamento entre cidades, para poder descontá-lo no tempo total disponível.

Na maioria das vezes, uma viagem acaba trazendo mais gastos do que o previsto. Lembre-se de que, além dos gastos com as passagens e com as diárias de hotel, você terá gastos com:

Alimentação: antes de viajar, tenha em mente quanto dinheiro você vai destinar, diariamente, à alimentação. Às vezes é difícil fazer essa previsão, por isso gosto de dar uma pesquisada sobre isso também (existem vários sites com sugestões de restaurantes em diferentes locais. O www.tripadvisor.com.br é um exemplo). Também vai depender muito do seu objetivo: se você não liga para comida e quer economizar com isso para gastar com outras coisas, nem é preciso dizer que você deve ficar longe de restaurantes elegantes: prefira as lanchonetes e padarias. (Parêntese pertinente para quem vai aos EUA: se você quer economizar mesmo, redes fast-food são uma boa opção. No McDonald’s, por exemplo, você faz uma refeição por 10 dólares ou até menos. Lógico que a maioria das comidas são gordurosas, mas existem opções mais light também). Mas se você quer mergulhar na culinária local e não liga para preços, aumente seu valor diário para gastos com comida.



Transporte: Pesquise os tipos de transporte disponíveis na cidade que você vai visitar: linhas de ônibus, metrôs, trens, taxis. Leve em consideração os preços de cada um e também a facilidade em usar cada tipo de transporte. Os metrôs, por exemplo, são baratos e fáceis de usar (geralmente é possível encontrar os mapas dos metrôs na internet e é interessante sempre leva-los na bolsa). Pena que nem todas as cidades têm metrôs... Os ônibus também são opções baratas, porém requerem um pouco mais de pesquisa (sobre as linhas e pontos), para evitar aborrecimentos e perdas de tempo durante a viagem. O taxi é o meio mais confortável e o que provavelmente te dará menos trabalho, porém o mais caro, principalmente se o motorista for espertinho e se aproveitar do fato de você ser turista para dar umas voltinhas a mais (e te cobrar mais!). Se for de taxi, verifique se o mesmo é confiável.



Atrações: Nesse momento, definida a quantidade de dinheiro que você terá disponível para gastar, você já pode escolher quais das opções da sua planilha que você vai poder visitar. Essas escolhas devem ser feitas levando também em consideração a quantidade de tempo que você terá disponível, como disse anteriormente. Uma dica que eu acho muito interessante é comprar o máximo de ingressos com antecedência (isso se você tiver certeza que vai mesmo nesses locais), principalmente quando os ingressos são limitados (shows, apresentações, jogos, etc.). Dessa forma você já vai delineando melhor os seus gastos e garantindo o seu lugar! Mas deixe para comprar seus ingressos depois que você tiver definido seu roteiro (item mais adiante). Se não for possível comprar com antecedência, lembre de reservar o dinheiro (seja in cash ou no cartão) para comprar quando já estiver lá.



Compras: Esse é o item que mais causa furos nos orçamentos, principalmente das mulheres: as compras! Defina, de antemão, quanto você está disposto a gastar com compras. Tome cuidado com o cartão de crédito, que faz a gente acabar gastando mais do que deve. No item 5 (próximo post) vou falar mais sobre cartões.



Gorjetas: Em muitos lugares, é comum dar gorjetas para os garçons (quando o valor já não está incluído da conta) ou para o ajudante que carrega malas ou para o taxista. No caso de restaurantes, geralmente se paga de 10 a 15% da conta em gorjetas. Por isso lembre se reservar um dinheiro para isso, mais especificamente em notas trocadas. Sempre ande com notas pequenas na bolsa, para essas ocasiões.



Para todos os gastos, é sempre bom contar com uma margem de segurança. E uma dica é detalhar os gastos em uma planilha para verificar qual será seu gasto total.

No próximo post, vou falar sobre passagens, hotéis, documentos, cartões e definição de roteiro.

=*

Um comentário:

  1. Oi Isabela! Adorei seu blog! Vou para Europa em janeiro. Gostei muito das dicas (principalmente a das gorjetas, nem havia pensado nisso).
    A questão do tempo de duração da viagem não compensar o deslocamento, eu tenho que discordar, afinal farei 4 países em 15 dias hauhauhauhau. Na verdade, acho que isso vai de acordo com seu propósito. As dicas de planejamento certamente vou seguir! bjs

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