domingo, 1 de março de 2015

Paul in Cariacica

A princípio, fiz esse blog para falar das viagens da minha vida, como já falei algumas vezes. Saí um pouco dessa linha quando postei sobre o show do Paul McCartney que fui, em BH, em maio de 2013. Querendo ou não, foi uma viagem que fiz, mas não para turismo.

Vou repetir a dose, para contar a minha saga para ver meu artista favorito pela segunda vez. Dessa vez, ele prestigiou nosso Espírito Santo com sua presença, Cariacica, em específico. Há quem diga que ir a Cariacica é uma viagem, então vou seguir essa linha de raciocínio para não fugir do foco do blog... =P

Na verdade, estou fazendo esse post mais para mim mesma, pois adoro relembrar esses momentos únicos da vida e essa é uma das melhores maneiras para isso. =)


A expectativa


Tudo começou com rumores de que Sir McCartney viria de novo ao Brasil, em 2014. Essa notícia já me deixou muito feliz, pois estava decidida a fazer de tudo para ir novamente a um show dele, onde quer que fosse. Minha felicidade aumentou bastante quando ouvi dizer que havia a possibilidade de haver um show em Cariacica, ainda que eu estivesse muito descrente de que isso fosse realmente ocorrer.

Os dias foram se passando e foram surgindo mais indícios de que ele realmente fosse vir. O primeiro deles, mais concreto, foi a visita da equipe de produção ao estádio Kleber Andrade, forte candidato a receber o evento. E daí por diante pipocaram notícias nos jornais, sobre a expectativa de confirmação do show. Minha prima, que foi comigo ao primeiro show e também a esse, também fã do Paul, é jornalista e me falou que estavam fazendo uma matéria no jornal e gostariam de entrevistar fãs do Macca. Concordei e, no outro dia, lá estava eu no cantinho da página 4 do A Tribuna:

A Tribuna - 17-09/14.

Depois de alguns dias, a confirmação: Paul realmente viria fazer um show no ES, em Cariacica! Tudo estava parecendo muito surreal para ser verdade! E ele ainda fez um vídeo falando: “Esse show vai pocar!”. E a galera vai ao delírio!


A compra de ingressos


Um dos momentos de maior ansiedade, para mim, é a compra dos ingressos. Aquele medo de não conseguir comprar faz minha barriga doer e meus nervos ficam à flor da pele. Não sei o que acontece, é mais forte do que meu autocontrole. Hahahahaha Eu sei, isso é retardado, mas fazer o q.. Da primeira vez foi assim e dessa vez foi igual.

Fiquei contando os segundos até a abertura da compra no site, até aí um nervosismo controlado. Quando abriu, o pânico foi crescendo, quando o site travou e não conseguia finalizar a compra. E quando finalmente cliquei no último ícone, para finalizar a compra, meu coração estava saindo pela boca com a expectativa. O sofrimento foi curto, logo veio a confirmação: consegui a Pista Premium!

Depois percebi que não precisava dessa correria toda. Os ingressos da Pista Premium demoraram um pouquinho para esgotar e os outros mais ainda. Até o dia do show ainda tinham ingressos sobrando. E quando fazer a retirada na loja física, reparei um detalhezinho no canto do ingresso: #7. Acredito que seja a ordem de compra, mas não tenho certeza. Caramba, 7 é mesmo meu número da sorte! =)


O dia esperado – Parte I


Finalmente, chegou o tão esperado 10 de novembro. Para a minha amiga xará, que foi comigo ao show, era esperado em dobro: dia de comemorar 25 aninhos!

10 de novembro caiu numa segunda-feira, dia pouco propício para um show. Como eu tinha direito a tirar um dia de folga no trabalho, resolvi tirar esse dia, para garantir que eu conseguiria um bom lugar na fila e um bom lugar no show. Biel também conseguiu sair mais cedo do trabalho.

Por volta das 14:00h, fomos para o estádio, eu, Biel, minha prima Simony, a irmã dela Karol e minha amiga Isa. Já tinha gente na fila e estava muuuuito quente. A previsão era de chuva forte, mas caiu só uma garoa pouco antes do show. De qualquer forma, levei um guarda-chuva, que ajudou muito contra o sol. Lá encontramos com o Ge, então “amigo” da Simony, e duas amigas da Isa.

Apesar do calor e princípio de cansaço, não perdemos o ânimo.

A espera na fila.

A ansiedade ficou maior quando começaram a liberar a entrada das pessoas, aos poucos. Liberavam um trecho, era aquela correria, um querendo passar por cima do outro, e depois interrompiam e voltávamos a esperar. Nesse meio tempo, alguns personagens inusitados apareceram, como a menina “cheirada” pregando o amor na fila, o cara de amarelo querendo brigar com todo mundo, outro com uma tela de arte questionável para homenagear o Paul e até um mijão, que passou vergonha quando a fila começou a gritar em coro.

O momento de maior tensão foi quando abriram a entrada definitivamente. Foi aí que minha falta de preparo físico deu as caras. O que para uns foi mera corridinha, para mim pareceu uma maratona. Foi aquela corrida maluca para conseguir os melhores lugares. E isso teve peso maior ainda porque, ineditamente, colocaram cadeiras nas pistas. Isso mesmo, cadeiras! Quando soube disso, alguns dias antes do show, odiei, mas até que não foi tão ruim assim (só porque conseguimos um lugar bom).

Voltando à corrida, foi aquele desespero. Simony e Ge conseguiram entrar antes e sumiram de vista. Gabriel ficava no dilema: corro para pegar lugar ou espero a Isa? E a outra Isa, minha amiga, estava logo atrás, também mostrando sinais de sedentarismo. Subimos uma ladeira, desci quase rolando, mas consegui chegar. Simony, Ge e Gabriel guardaram alguns lugares para nós, por alguns instantes, e conseguimos sentar. Ah, e o melhor, ficamos na quarta fileira de cadeiras!!! Maravilhoso! Valeu toda a espera e correria.

Depois de recuperarmos o fôlego, aproveitamos para tirar algumas fotos:

A espera em frente ao palco.

A espera em frente ao palco.

A espera em frente ao palco.

A espera em frente ao palco.

A espera em frente ao palco.

A espera em frente ao palco.

A espera em frente ao palco.

A espera em frente ao palco.

A espera em frente ao palco.

Os ânimos estavam exaltados na Pista Premium. Isso porque várias pessoas, que claramente não haviam conseguido bons lugares, estavam ocupando os corredores e o vão entre a primeira fileira e o alambrado que separava o palco do público, atrapalhando a visão de outras pessoas e a movimentação. Muita gente gritou indignada, os seguranças agiram várias vezes, retirando as pessoas, teve bastante atrito. No final, ninguém conseguiu tirar o pessoal do corredor. Para nós, no lugar onde estávamos, não mudava em nada, ainda bem que ninguém atrapalhou.

O DJ começou a tocar músicas dos Beatles, o telão começou a passar imagens do Paul, estava chegando a hora...


O dia esperado – Parte II


E foi aquela emoção! Quando ele entrou no palco, cantando a já esperada “Eight Days a Week”, meu coração saiu pela boca. E daí por diante, não parei de cantar, gritar, pular e balançar os braços freneticamente até o fim do show. É difícil explicar a sensação de ver seu artista favorito, tocando e cantando a 20 metros de distância de você. Mas resumindo, me tornei adolescente histérica de 15 anos por um dia (ou melhor, 3 horas).

Esse show foi da mesma turnê do show de BH, em 2013 (Out There). Algumas coisas mudaram, como a inclusão de músicas do CD novo (“Save us”, “Queenie eye”, “New” e “Everybody out there”) e exclusão de algumas músicas, como “Mrs Vanderbilt” e “Hi hi hi” (que, por sinal, fiquei muito chateada, porque amo essas 2 músicas e estava esperando ansiosamente por elas). As músicas que ele cantou, em aproximadamente 2:50h, foram as seguintes:

1. Eight Days a Week
2. Save Us
3. All My Loving
4. Listen to What the Man Said
5. Let Me Roll It
6. Paperback Writer
7. My Valentine
8. Nineteen Hundred and Eighty-Five
9. The Long and Winding Road
10. Maybe I'm Amazed
11. I've Just Seen a Face
12. We Can Work It Out
13. Another Day
14. And I Love Her
15. Blackbird
16. Here Today
17. New
18. Queenie Eye
19. Lady Madonna
20. All Together Now
21. Lovely Rita
22. Everybody Out There
23. Eleanor Rigby
24. Being for the Benefit of Mr. Kite!
25. Something
26. Ob-La-Di, Ob-La-Da
27. Band on the Run
28. Back in the U.S.S.R.
29. Let It Be
30. Live and Let Die
31. Hey Jude
Primeiro bis:
32. Day Tripper
33. Get Back
34. I Saw Her Standing There
Segundo bis:
35. Yesterday
36. Helter Skelter
37. Golden Slumbers
38. Carry That Weight
39. The End

Durante o show não quis ficar tirando muitas fotos nem fazendo vídeos, queria só curtir. Mas para não passar em branco, pedi ao Biel para fazer isso pra mim, já que ele é muito mais controlado que eu. Algumas fotos:

O show.

O show.

O show.

O show.

O show.

O show - Something! ^^

O show.

O show.

O show.

O show.

Rolaram as homenagens de praxe, como as plaquinhas de NA NA NA para “Hey Jude” e celulares acesos em “Let it be”. Mas também ocorreram fatos inusitados, como um pedido de casamento, próximo ao local onde estávamos. Que fofo! E, é claro, houve também os momentos em que o Paul tentou falar português, como de costume:"É 'mara' estar de volta ao Brasil".

Um fato engraçado foi que, durante “Band on the run”, o cara que estava na minha frente, ouvindo que eu estava cantando freneticamente, virou pra trás em vários momentos para cantar junto comigo. Foi bem divertido! Também foi engraçado ver os marmanjos quarentões se debulhando em lágrimas, como crianças. Só não gostei do desânimo das pessoas da Pista Premium. Sei lá, normalmente as pessoas que ficam nesse setor são os fãs mais enlouquecidos e histéricos e fiquei um pouco decepcionada de ver que as pessoas não estavam pulando e vibrando como esperado. Bom, eu, pelo menos, curti ao máximo!

Ao final do show, parecia que eu tinha corrido outra maratona. Não que eu já tenha corrido, mas acredito que as pessoas sedentárias que tentam correm uma se sentem assim.

Estava tudo ocorrendo perfeitamente, até a hora em que as luzes do palco se apagaram e começou uma briga bem próximo de onde estávamos. Quase acabou sobrando pra mim, tive que pular por cima das cadeiras para não levar soco. Aparentemente, algum idiota racista começou a fazer comentários infelizes e deu no que deu. Mas graças a Deus, não aconteceu nd com a gnt. Quando estávamos indo embora me senti um pouco mal, estava com muita sede. Tomei uma água e fomos andando até a van que alugamos, para ir pra casa. O trânsito fluiu muito bem, ao contrário do que pensávamos, e em alguns minutos chegamos em ks. E só pude dormir 1:40h de sono, porque tive que acordar cedo para pegar um voo para SP, a trabalho.


Mais um show incrível do Paul ficou registrado na minha memória. Sonho realizado mais uma vez. E faria tudo de novo. Não vejo a hr de ele voltar para o Brasil para começar a loucura novamente! =)

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