quarta-feira, 30 de março de 2016

Europa 2015/2016 - Dia 1 - Londres

Ei pessoal!

Enrolei um pouquinho mas estou de volta para contar como foi uma das viagens mais incríveis que já fiz na vida, quando Gabriel e eu fomos para a Europa, em dezembro de 2015 e janeiro de 2016.

Acho que não é novidade pra ninguém a minha paixão por viagens e meu sonho de rodar o mundo. Desde criança já ficava pensando nessas coisas, pensando que, quando crescesse e tivesse meu próprio dinheiro, poderia ir para onde quisesse. Bom, cresci, estou ganhando meu próprio dinheiro e vejo que sim, isso é possível. É claro que não tenho condições de fazer várias super viagens por ano, mas viajar pelo mundo é meu grande objetivo de vida. Prefiro ter um guarda roupa simples, sem muitas roupas, sapatos e joias, mas ter várias lembranças dos lugares que conheci. Minha paixão é tanta que, em janeiro de 2015, resolvi deixar na pele um lembrete eterno, que me faz sorrir a cada vez que o vejo:

Minha tatuagem.

Sempre me pego fazendo planos imaginários de alguma viagem que um dia sonho em fazer. Em dezembro de 2013, comecei a pensar numa viagem para a Europa, sem nenhum plano concreto à vista, só como um passatempo de alguém sem nada pra fazer no momento. Comecei a pensar em quais países gostaria de visitar na primeira ida ao “Velho Continente”, considerando as prioridades da minha lista da vida e também o critério proximidade. Já comecei a fazer uma planilha com os pontos turísticos, sem ao menos ter noção de quando eu teria condições de concretizar isso tudo.

Então, numa conversa casual num jantar no início de 2015, eu e Gabriel conversávamos sobre uma possível próxima viagem que faríamos. Estávamos planejando ir para Campos do Jordão em Corpus Christi, já tínhamos até reservado hotel. Também toquei no assunto Europa, porque sonhar e tagarelar sobre viagens é sempre bom, principalmente tomando um vinhozinho. Estávamos pensando em ir para a Europa no final de 2016 ou em 2017. Então Gabriel virou pra mim e falou: “Isa, o que você acha de irmos no final desse ano?”. Na hora meu coração apertou, aquela sensação de criança quando ganha presente de Natal: “Sério? Não brinca com esse assunto comigo não, meu coração já está doendo..” Hahahahaha Ainda não tinha juntado o dinheiro suficiente, mas combinamos que iríamos colocar isso como nossa prioridade. Fiquei muito feliz e empolgada com a decisão. Lembrei que já tinha começado o planejamento, mas ainda tinha muuuita coisa pra fazer pela frente, pra que essa viagem fosse inesquecível. E comecei a colocar a mão na massa, porque não brinco em serviço! =D

Não vou entrar em detalhes sobre o planejamento, porque já fiz alguns posts com dicas, mas adianto que não foi tarefa fácil. Decidimos o número de dias que ficaríamos, as datas (não muito flexíveis, por causa das minhas férias, já marcadas), começamos a ficar ligados nas passagens e a refinar a planilha e os mapas. Tinha tanta coisa para pesquisar e decidir que confesso que fiquei cansada em com preguiça em alguns momentos.

Nosso timing do planejamento prévio e da viagem em si não foi muito bom, porque foi bem na época em que o dólar, euro e libra começaram a aumentar assustadoramente. Isso nos pegou de surpresa, mas não desistimos de ir. Depois de muitas horas de planejamento, chegou o grande dia. Como de costume, já tinha começado a fazer minha mala há uma semana.


19/12/2015


Surpreendentemente, minha mala nunca esteve tão pequena. No aeroporto confirmei, só 19 kg! Mamãe nos deixou na porta do aeroporto, animados e com calor, com os casacos pesados na mão. Quando estávamos na fila para despachar as malas, um pequeno susto: Gabriel esqueceu o celular em casa. Mas o irmão dele fez um grande favor e conseguiu levar a tempo para nós.

Saímos de Vitória às 12:30h e chegamos ao aeroporto de Guarulhos por volta as 14:00h. Almoçamos no Olive Garden, uma delícia!

Olive Garden, aeroporto de Guarulhos.

Pegamos o próximo voo às 17:30h. Fiquei impressionada com o tamanho do avião, além de ter dois andares, na nossa ala eram três assentos em cada lado e mais quatro no meio, ou seja, 10 assentos por fileira. Errei na hora de preencher o cartão de imigração e por pouco fiquei sem outro, era o último!



20/12/2015


Aterrissamos no aeroporto de Heathrow, em Londres, às 06:40h (hora local). Às 07:40h já tínhamos passado pela imigração, foi bem rápido.

Aeroporto de Heathrow, Londres.

Compramos dois Oyster Cards (o cartão de metrô de Londres - Ler mais) no aeroporto mesmo. Pegamos o metrô e fomos para o hotel, o Sidney Victoria, em Victoria, Westminster. Chegamos ao hotel por volta das 09:10h e fomos informados de que não era possível realizar o early check-in, mas podíamos deixar as malas lá. Fizemos isso e, apesar do cansaço e da vontade de tomar banho, fomos iniciar a jornada em Londres, a primeira cidade da lista de prioridades.

Arredores do hotel em Londres.

Arredores do hotel em Londres.

Arredores do hotel em Londres.

Caiu a ficha de que realmente estávamos no Reino Unido quando fomos atravessar a rua. Mas que coisa estranha essa mão inglesa, é muito difícil se acostumar. Gostei do lembrete para desavisados em algumas ruas:

Sinalização na via - "Olhe para a direita".

Mais algumas fotos dos arredores do nosso hotel:

Arredores do hotel em Londres.

Arredores do hotel em Londres.

Arredores do hotel em Londres.

Arredores do hotel em Londres.

Pegamos o metrô de novo e fomos para a primeira atração do dia: a London Tower (Torre de Londres). No caminho, passamos pelo Trinity Square Gardens, que abriga o Memorial da Execução e um Memorial da Primeira Guerra Mundial, dentre outras homenagens.

Trinity Square Gardens.

A caminho da London Tower.

A caminho da London Tower.

Andamos mais um pouco e lá estava ela, a imponente Torre de Londres. “Caramba, realmente estamos em Londres!”, pensei. Muitos episódios da história, que estudamos na escola, aconteceram ali. Séculos de história se passaram BEM ALI!

O castelo, cujo primeiro elemento, a Torre Branca, que começou a ser construído por volta de 1080, por Guilherme, o Conquistador, teve vários propósitos: a princípio, foi criada para intimidar os anglo-saxões após a invasão da Inglaterra; também serviu como refúgio para reis perseguidos por súditos rebeldes, foi local de coroações, banquetes e foi também Prisão do Estado e palco de torturas e execuções. Passaram por aquele castelo reis, rainhas, cortesãos, eclesiásticos, políticos, juízes.

Foi ali que Henrique VI foi morto, assim como Eduardo V, de 12 anos, e seu irmão mais novo. Ali, Henrique VIII (aquele que rompeu com a Igreja Católica pra fundar a Igreja Anglicana) passou a executar pessoas que não o aceitavam como chefe da Igreja Anglicana. Foi ali que Ana Bolena (ela mesma, a famosa), a segunda esposa de Henrique VIII, foi decapitada, por suposta traição e adultério, e Catarina Howard, a quinta esposa, teve o mesmo destino. O filho de Henrique, Eduardo VI, continuou com as execuções quando subiu ao trono.

A última decapitação foi em 1747, mas a Torre continuou sendo usada como penitenciária do Estado. Durante a Primeira Guerra Mundial, 11 espiões alemães ficaram confinados ali e depois foram executados por um pelotão de fuzilamento. Na Segunda Guerra Mundial, prisioneiros de guerra, incluindo Rudolf Hess, auxiliar do führer Adolf Hitler, ficaram detidos ali por pouco tempo. A última vítima a morrer na Torre foi o espião Joseph Jakobs, fuzilado em agosto de 1941.

As joias da Coroa Britânica também ficam expostas ao público na Torre, desde o século XVII. A exposição é linda, pena que não podemos tirar fotos lá dentro. Além disso, por mais de 500 anos, a principal agência da Casa da Moeda Real operou na Torre e era ali também que se fabricava e estocava o equipamento militar para o rei e para o exército. (Fonte: Clique aqui)

Algumas fotos da Torre, seus arredores, interior e vistas de lá de dentro:

Arredores da London Tower.

Arredores da London Tower.

London Tower.

London Tower.

London Tower.

Arredores da London Tower.

Na fila para entrar na London Tower.

London Tower.

London Tower.

Arredores da London Tower.

Arredores da London Tower.

London Tower.

London Tower.

London Tower.

London Tower.

London Tower.

London Tower.

London Tower.

London Tower.

London Tower.

London Tower.

London Tower.

London Tower.

London Tower.

London Tower.

London Tower.

London Tower.

London Tower.

London Tower.

London Tower.

London Tower.

London Tower.

London Tower.

London Tower.

London Tower.

London Tower.

London Tower.

London Tower.

London Tower.

London Tower.

London Tower.

Arredores da London Tower.

London Tower.

E finalmente vimos a Tower Bridge, e foi amor à primeira vista! Como essa ponte é maravilhosa! Impressionante!

Tower Bridge.

Tower Bridge.

Tower Bridge.

Saímos da Torre e fomos andando para a próxima atração: a Tower Bridge! No caminho fomos tirando mais fotos dela, a ponte mais linda do mundo (pelo menos na minha opinião)!

Tower Bridge.

Tower Bridge.

Tower Bridge.

Tower Bridge.

Tower Bridge.

Tower Bridge.

Tower Bridge.

A Tower Bridge foi construída há 120 anos para facilitar o tráfego viário, permitindo, ao mesmo tempo, o tráfego pelo rio Tâmisa. Na época foi um desafio conciliar essas duas atividades e, depois de mais de 50 designs apresentados, foi escolhido o atual. A construção demorou 8 anos e requereu 432 trabalhadores. Foi a partir de 1977 que a ponte passou a ter as cores azul, branco e vermelho (antes era marrom) e, em 1982, foi inaugurada a exposição para o público, a Tower Bridge Experience. (Fonte: Clique aqui)

Conseguimos pular uma fila grande, pois já tínhamos comprado os ingressos online. Subimos pelas escadas e vimos a exposição e uma vista bem legal do Tâmisa e da cidade.

Tower Bridge.

Vista do Tâmisa, da Tower Bridge.

Tower Bridge.

Tower Bridge.

Saímos de lá mortos de fome e conseguimos achar um restaurante / pub legal perto da Ponte, o The Pommelers Rest. Resolvemos pedir um dos pratos especiais de Natal, com algumas comidas típicas: fatias de peru, molho de cranberry, Yorkshire pudding (uma espécie de pãozinho inglês assado), molho gravy (feito do suco natural da carne assada ou dos vegetais), batatas, couve de Bruxelas, cenouras, purê de ervilhas, linguiça. Comemos tudo com muito gosto, estava muito bom!

Almoço no The Pommelers Rest.

Depois conhecemos o London Bridge Christmas Market, um Mercadinho de Natal. Fiquei encantada com as barraquinhas, querendo comprar e provar tudo (só querendo mesmo, porque haja dinheiro!). Uma graça! Não me aguentei e tirei mais fotos da Tower Bridge. Passamos pela Queen’s Walk e vimos a London Bridge (super sem graça, by the way...), que foi a primeira ponte de Londres.

London Bridge Christmas Market.

London Bridge Christmas Market.

London Bridge Christmas Market.

London Bridge Christmas Market.

London Bridge Christmas Market.

London Bridge Christmas Market.

London Bridge Christmas Market.

Tower Bridge.

London Bridge Christmas Market.

London Bridge Christmas Market.

The Queen's Walk.

London Bridge.

Fomos para hotel, fizemos o check-in, tomamos um banho e saímos de novo, para continuar o dia.
A vista do quarto:

Vista do hotel em Londres.

Observação importante: Não importa quantos adaptadores de tomada eu leve na minha mala, sempre vai faltar algum. Olha esse padrão que encontramos no hotel:

Tomada do hotel em Londres.

Ainda bem que conseguimos um adaptador emprestado no próprio hotel!

Próxima parada: Natural History Museum (Museu de História Natural). O museu é lindo, construção imponente. Fomos direto para a minha parte preferida: Dinossauros! =D Fiquei louca com a réplica do T-Rex em movimento (fiz até um vídeo --> Vídeo T-Rex)! Vimos também a seção dos mamíferos e infelizmente a Baleia Azul estava passando por reformas, então só vimos parte dela (mesmo assim impressionante).

Natural History Museum.

Natural History Museum.

Natural History Museum.

Natural History Museum.

Natural History Museum.

Natural History Museum.

Natural History Museum.

Natural History Museum.

Natural History Museum.

Natural History Museum.

Natural History Museum.

Natural History Museum.

Saindo do Museu, passamos por uma linda pista de patinação e fomos para o Science Museum (Museu de Ciências), que fica bem próximo ao de História Natural. Achávamos que não conseguiríamos ficar muito tempo lá dentro, mas quando chegamos descobrimos que ia ficar aberto até mais tarde. =)

Pista de patinação.

Pista de patinação.

O Science Museum é muito interessante, daria pra ficar horas lá, vendo e aprendendo coisas novas. São várias seções diferentes: Energia, Exploração Espacial, Aviação, Tecnologia, Alimentação e muitas outras. Rodamos bastante (apesar de já muito cansados) e até jogamos alguns jogos.

Science Museum.

Science Museum.

Science Museum.

Science Museum.

Science Museum.

Saímos do Museu e passamos no Hyde Park Winter Wonderland, um parque de diversões de inverno no Hyde Park, um dos parques mais famosos de Londres. O parque é muito legal, cheio de barraquinhas de comida e clima natalino. Não estava no nosso roteiro, mas quando vimos que ele existia, não pudemos deixar de dar uma passadinha. Seria legal ficar mais tempo por lá, mas já estávamos bem cansados. De qualquer forma, fica a dica para quem for visitar Londres nessa época do ano! =)

Hyde Park Winter Wonderland.

Hyde Park Winter Wonderland.

Hyde Park Winter Wonderland.

Hyde Park Winter Wonderland.

A próxima parada, que estava no roteiro, foi o Hard Rock Cafe. Sempre procuramos ir ao Hard Rock nas cidades que visitamos, pois adoramos. Nesse dia, só fomos para conhecer e para o Gabriel comprar o copo de Londres, para aumentar a coleção dele. Como sempre, o ambiente é demais!

Hard Rock Cafe London.

Hard Rock Cafe London.

Hard Rock Cafe London.

Depois fomos conhecer a Leicester Square (uma área super legal, by the way!) e terminamos a noite jantando no Brewmaster, um pub bem legal na própria Leicester Square. Ah, uma coisa que observei. Tanto no Brewmaster quando no restaurante em que almoçamos, tivemos que ir pedir a comida no balcão. Parece que era meio subentendido pra todo mundo, menos pra gente. Esperamos, esperamos o garçom mas percebemos que os pedidos eram feitos no balcão. Vivendo e aprendendo! Hahahaha

Pedi o tradicional Fish and Chips (peixe com fritas – ninguém pode ir para Londres e não comer fish and chips) e Gabriel comeu uma carne. Estava muito bom, mas o prato é bem gorduroso e pesado.

Leicester Square.

Leicester Square.

Leicester Square.

Leicester Square.

Jantar no Brewmaster.

Jantar no Brewmaster.

Voltamos para hotel, mortos de cansaço. Ah, uma coisa interessante que vimos por aqui foi que, nas estações de metrô, existem espaços específicos para os artistas se apresentarem. Música no metrô é bem legal, tem uns artistas muito bons, que só precisam de uma oportunidade. Fiz um videozinho pra mostrar como é: Vídeo música metrô.

Quanta coisa fizemos hoje! E foi só o primeiro dia, ainda tem muito pela frente! =D =D =D