Ei pessoal!
Enrolei um pouquinho mas estou de volta para
contar como foi uma das viagens mais incríveis que já fiz na vida, quando
Gabriel e eu fomos para a Europa, em dezembro de 2015 e janeiro de 2016.
Acho que não é novidade pra ninguém a minha
paixão por viagens e meu sonho de rodar o mundo. Desde criança já ficava
pensando nessas coisas, pensando que, quando crescesse e tivesse meu próprio
dinheiro, poderia ir para onde quisesse. Bom, cresci, estou ganhando meu
próprio dinheiro e vejo que sim, isso é possível. É claro que não tenho
condições de fazer várias super viagens por ano, mas viajar pelo mundo é meu
grande objetivo de vida. Prefiro ter um guarda roupa simples, sem muitas
roupas, sapatos e joias, mas ter várias lembranças dos lugares que conheci.
Minha paixão é tanta que, em janeiro de 2015, resolvi deixar na pele um
lembrete eterno, que me faz sorrir a cada vez que o vejo:
Sempre me pego fazendo planos imaginários de
alguma viagem que um dia sonho em fazer. Em dezembro de 2013, comecei a pensar
numa viagem para a Europa, sem nenhum plano concreto à vista, só como um
passatempo de alguém sem nada pra fazer no momento. Comecei a pensar em quais
países gostaria de visitar na primeira ida ao “Velho Continente”, considerando
as prioridades da minha lista da vida e também o critério proximidade. Já
comecei a fazer uma planilha com os pontos turísticos, sem ao menos ter noção
de quando eu teria condições de concretizar isso tudo.
Então, numa conversa casual num jantar no
início de 2015, eu e Gabriel conversávamos sobre uma possível próxima viagem
que faríamos. Estávamos planejando ir para Campos do Jordão em Corpus Christi,
já tínhamos até reservado hotel. Também toquei no assunto Europa, porque sonhar
e tagarelar sobre viagens é sempre bom, principalmente tomando um vinhozinho. Estávamos
pensando em ir para a Europa no final de 2016 ou em 2017. Então Gabriel virou
pra mim e falou: “Isa, o que você acha de irmos no final desse ano?”. Na hora
meu coração apertou, aquela sensação de criança quando ganha presente de Natal:
“Sério? Não brinca com esse assunto comigo não, meu coração já está doendo..”
Hahahahaha Ainda não tinha juntado o dinheiro suficiente, mas combinamos que
iríamos colocar isso como nossa prioridade. Fiquei muito feliz e empolgada com
a decisão. Lembrei que já tinha começado o planejamento, mas ainda tinha
muuuita coisa pra fazer pela frente, pra que essa viagem fosse inesquecível. E
comecei a colocar a mão na massa, porque não brinco em serviço! =D
Não vou entrar em detalhes sobre o
planejamento, porque já fiz alguns posts com dicas, mas adianto que não foi
tarefa fácil. Decidimos o número de dias que ficaríamos, as datas (não muito
flexíveis, por causa das minhas férias, já marcadas), começamos a ficar ligados
nas passagens e a refinar a planilha e os mapas. Tinha tanta coisa para
pesquisar e decidir que confesso que fiquei cansada em com preguiça em alguns
momentos.
Nosso timing do planejamento prévio e da viagem
em si não foi muito bom, porque foi bem na época em que o dólar, euro e libra
começaram a aumentar assustadoramente. Isso nos pegou de surpresa, mas não
desistimos de ir. Depois de muitas horas de planejamento, chegou o grande dia.
Como de costume, já tinha começado a fazer minha mala há uma semana.
19/12/2015
Surpreendentemente, minha mala nunca esteve tão
pequena. No aeroporto confirmei, só 19 kg! Mamãe nos deixou na porta do
aeroporto, animados e com calor, com os casacos pesados na mão. Quando
estávamos na fila para despachar as malas, um pequeno susto: Gabriel esqueceu o
celular em casa. Mas o irmão dele fez um grande favor e conseguiu levar a tempo
para nós.
Saímos de Vitória às 12:30h e chegamos ao
aeroporto de Guarulhos por volta as 14:00h. Almoçamos no Olive Garden, uma
delícia!
Pegamos o próximo voo às 17:30h. Fiquei
impressionada com o tamanho do avião, além de ter dois andares, na nossa ala
eram três assentos em cada lado e mais quatro no meio, ou seja, 10 assentos por
fileira. Errei na hora de preencher o cartão de imigração e por pouco fiquei
sem outro, era o último!
20/12/2015
Aterrissamos no aeroporto de Heathrow, em
Londres, às 06:40h (hora local). Às 07:40h já tínhamos passado pela imigração,
foi bem rápido.
Compramos dois Oyster Cards (o cartão de metrô
de Londres - Ler mais) no aeroporto mesmo. Pegamos
o metrô e fomos para o hotel, o Sidney Victoria, em Victoria, Westminster.
Chegamos ao hotel por volta das 09:10h e fomos informados de que não era
possível realizar o early check-in, mas podíamos deixar as malas lá. Fizemos
isso e, apesar do cansaço e da vontade de tomar banho, fomos iniciar a jornada
em Londres, a primeira cidade da lista de prioridades.
Caiu a ficha de que realmente estávamos no
Reino Unido quando fomos atravessar a rua. Mas que coisa estranha essa mão inglesa,
é muito difícil se acostumar. Gostei do lembrete para desavisados em algumas
ruas:
Mais algumas fotos dos arredores do nosso
hotel:
Arredores do hotel em Londres. |
Arredores do hotel em Londres. |
Arredores do hotel em Londres. |
Arredores do hotel em Londres. |
Pegamos o metrô de novo e fomos para a primeira
atração do dia: a London Tower (Torre de Londres). No caminho, passamos pelo
Trinity Square Gardens, que abriga o Memorial da Execução e um Memorial da
Primeira Guerra Mundial, dentre outras homenagens.
Andamos mais um pouco e lá estava ela, a
imponente Torre de Londres. “Caramba, realmente estamos em Londres!”, pensei.
Muitos episódios da história, que estudamos na escola, aconteceram ali. Séculos
de história se passaram BEM ALI!
O castelo, cujo primeiro elemento, a Torre
Branca, que começou a ser construído por volta de 1080, por Guilherme, o
Conquistador, teve vários propósitos: a princípio, foi criada para intimidar os
anglo-saxões após a invasão da Inglaterra; também serviu como refúgio para reis
perseguidos por súditos rebeldes, foi local de coroações, banquetes e foi
também Prisão do Estado e palco de torturas e execuções. Passaram por aquele
castelo reis, rainhas, cortesãos, eclesiásticos, políticos, juízes.
Foi ali que Henrique VI foi morto, assim como
Eduardo V, de 12 anos, e seu irmão mais novo. Ali, Henrique VIII (aquele que
rompeu com a Igreja Católica pra fundar a Igreja Anglicana) passou a executar
pessoas que não o aceitavam como chefe da Igreja Anglicana. Foi ali que Ana
Bolena (ela mesma, a famosa), a segunda esposa de Henrique VIII, foi decapitada,
por suposta traição e adultério, e Catarina Howard, a quinta esposa, teve o
mesmo destino. O filho de Henrique, Eduardo VI, continuou com as execuções
quando subiu ao trono.
A última decapitação foi em 1747, mas a Torre
continuou sendo usada como penitenciária do Estado. Durante a Primeira Guerra
Mundial, 11 espiões alemães ficaram confinados ali e depois foram executados
por um pelotão de fuzilamento. Na Segunda Guerra Mundial, prisioneiros de
guerra, incluindo Rudolf Hess, auxiliar do führer Adolf Hitler, ficaram detidos
ali por pouco tempo. A última vítima a morrer na Torre foi o espião Joseph
Jakobs, fuzilado em agosto de 1941.
As joias da Coroa Britânica também ficam expostas
ao público na Torre, desde o século XVII. A exposição é linda, pena que não podemos
tirar fotos lá dentro. Além disso, por mais de 500 anos, a principal agência da
Casa da Moeda Real operou na Torre e era ali também que se fabricava e estocava
o equipamento militar para o rei e para o exército. (Fonte: Clique aqui)
Algumas fotos da Torre, seus arredores,
interior e vistas de lá de dentro:
Arredores da London Tower. |
Na fila para entrar na London Tower. |
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London Tower. |
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London Tower. |
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Arredores da London Tower. |
E finalmente vimos a Tower Bridge, e foi amor à
primeira vista! Como essa ponte é maravilhosa! Impressionante!
Saímos da Torre e fomos andando para a próxima
atração: a Tower Bridge! No caminho fomos tirando mais fotos dela, a ponte mais
linda do mundo (pelo menos na minha opinião)!
A Tower Bridge foi construída há 120 anos para
facilitar o tráfego viário, permitindo, ao mesmo tempo, o tráfego pelo rio
Tâmisa. Na época foi um desafio conciliar essas duas atividades e, depois de
mais de 50 designs apresentados, foi escolhido o atual. A construção demorou 8
anos e requereu 432 trabalhadores. Foi a partir de 1977 que a ponte passou a
ter as cores azul, branco e vermelho (antes era marrom) e, em 1982, foi
inaugurada a exposição para o público, a Tower Bridge Experience. (Fonte: Clique aqui)
Conseguimos pular uma fila grande, pois já
tínhamos comprado os ingressos online. Subimos pelas escadas e vimos a
exposição e uma vista bem legal do Tâmisa e da cidade.
Saímos de lá mortos de fome e conseguimos achar
um restaurante / pub legal perto da Ponte, o The Pommelers Rest. Resolvemos
pedir um dos pratos especiais de Natal, com algumas comidas típicas: fatias de
peru, molho de cranberry, Yorkshire pudding (uma espécie de pãozinho inglês
assado), molho gravy (feito do suco natural da carne assada ou dos vegetais),
batatas, couve de Bruxelas, cenouras, purê de ervilhas, linguiça. Comemos tudo
com muito gosto, estava muito bom!
Depois conhecemos o London Bridge Christmas
Market, um Mercadinho de Natal. Fiquei encantada com as barraquinhas, querendo
comprar e provar tudo (só querendo mesmo, porque haja dinheiro!). Uma graça!
Não me aguentei e tirei mais fotos da Tower Bridge. Passamos pela Queen’s Walk
e vimos a London Bridge (super sem graça, by the way...), que foi a primeira
ponte de Londres.
London Bridge Christmas Market. |
London Bridge Christmas Market. |
London Bridge Christmas Market. |
London Bridge Christmas Market. |
London Bridge Christmas Market. |
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London Bridge Christmas Market. |
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London Bridge Christmas Market. |
Tower Bridge. |
London Bridge Christmas Market. |
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London Bridge Christmas Market. |
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The Queen's Walk. |
London Bridge. |
Fomos para hotel, fizemos o check-in, tomamos
um banho e saímos de novo, para continuar o dia.
A vista do quarto:
Observação importante: Não importa quantos
adaptadores de tomada eu leve na minha mala, sempre vai faltar algum. Olha esse
padrão que encontramos no hotel:
Ainda bem que conseguimos um adaptador
emprestado no próprio hotel!
Próxima parada: Natural History Museum (Museu
de História Natural). O museu é lindo, construção imponente. Fomos direto para
a minha parte preferida: Dinossauros! =D Fiquei louca com a réplica do T-Rex em
movimento (fiz até um vídeo --> Vídeo T-Rex)! Vimos também a seção dos mamíferos e infelizmente a Baleia Azul
estava passando por reformas, então só vimos parte dela (mesmo assim
impressionante).
Natural History Museum. |
Natural History Museum. |
Natural History Museum. |
Natural History Museum. |
Natural History Museum. |
Saindo do Museu, passamos por uma linda pista
de patinação e fomos para o Science Museum (Museu de Ciências), que fica bem
próximo ao de História Natural. Achávamos que não conseguiríamos ficar muito
tempo lá dentro, mas quando chegamos descobrimos que ia ficar aberto até mais
tarde. =)
O Science Museum é muito interessante, daria
pra ficar horas lá, vendo e aprendendo coisas novas. São várias seções diferentes:
Energia, Exploração Espacial, Aviação, Tecnologia, Alimentação e muitas outras.
Rodamos bastante (apesar de já muito cansados) e até jogamos alguns jogos.
Saímos do Museu e passamos no Hyde Park Winter
Wonderland, um parque de diversões de inverno no Hyde Park, um dos parques mais
famosos de Londres. O parque é muito legal, cheio de barraquinhas de comida e
clima natalino. Não estava no nosso roteiro, mas quando vimos que ele existia, não
pudemos deixar de dar uma passadinha. Seria legal ficar mais tempo por lá, mas
já estávamos bem cansados. De qualquer forma, fica a dica para quem for visitar
Londres nessa época do ano! =)
Hyde Park Winter Wonderland. |
Hyde Park Winter Wonderland. |
Hyde Park Winter Wonderland. |
Hyde Park Winter Wonderland. |
A próxima parada, que estava no roteiro, foi o
Hard Rock Cafe. Sempre procuramos ir ao Hard Rock nas cidades que visitamos,
pois adoramos. Nesse dia, só fomos para conhecer e para o Gabriel comprar o
copo de Londres, para aumentar a coleção dele. Como sempre, o ambiente é
demais!
Depois fomos conhecer a Leicester Square (uma
área super legal, by the way!) e terminamos a noite jantando no Brewmaster, um
pub bem legal na própria Leicester Square. Ah, uma coisa que observei. Tanto no
Brewmaster quando no restaurante em que almoçamos, tivemos que ir pedir a
comida no balcão. Parece que era meio subentendido pra todo mundo, menos pra
gente. Esperamos, esperamos o garçom mas percebemos que os pedidos eram feitos
no balcão. Vivendo e aprendendo! Hahahaha
Pedi o tradicional Fish and Chips (peixe com
fritas – ninguém pode ir para Londres e não comer fish and chips) e Gabriel
comeu uma carne. Estava muito bom, mas o prato é bem gorduroso e pesado.
Leicester Square. |
Leicester Square. |
Leicester Square. |
Leicester Square. |
Jantar no Brewmaster. |
Jantar no Brewmaster. |
Voltamos para hotel, mortos de cansaço. Ah, uma
coisa interessante que vimos por aqui foi que, nas estações de metrô, existem
espaços específicos para os artistas se apresentarem. Música no metrô é bem legal,
tem uns artistas muito bons, que só precisam de uma oportunidade. Fiz um videozinho
pra mostrar como é: Vídeo música metrô.
Quanta coisa fizemos hoje! E foi só o primeiro
dia, ainda tem muito pela frente! =D =D =D
Viajando junto
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