Isabelando...: Corpus Christi em Curitiba 2017

terça-feira, 25 de julho de 2017

Corpus Christi em Curitiba 2017 - Parte 1/3

Neste ano resolvemos aproveitar o feriado de Corpus Christi para fazer uma viagem legal. Depois de analisarmos algumas opções, escolhemos Curitiba. Eu já conhecia um pouco da cidade de uma excursão de que participei em 2005, mas Gabriel ainda não. Então juntamos o feriado com um dia a mais de folga e fomos conhecer a capital do Paraná.

15/06/17

Na quinta-feira, dia 15/06/17, pegamos um voo para Guarulhos às 17:00h e de lá para Curitiba, aonde chegamos por volta das 21:40h. Pegamos nossas malas, pedimos um Uber e depois de dois cancelamentos (vai entender...) iniciamos nossa “viagem” para o hotel. Digo “viagem” porque o aeroporto fica em São José dos Pinhais, na Grande Curitiba, a cerca de 18 km do centro da capital.

O motorista que nos levou era bem simpático e conhecia bem a cidade. Quando ele viu o destino que colocamos ele perguntou se nosso hotel ficava ali. Dissemos que sim e ele, com educação, nos disse que não era um local muito seguro à noite, frequentado por usuários de droga. Ficamos um pouco preocupados, porque quando pesquisamos no booking, apesar de já sabermos que o hotel era bem simples, não vimos comentários sobre isso. Pelo street view, a rua (Rua Riachuelo, no centro, BTW) de dia parecia movimentada. E realmente é, segundo o motorista, mas à noite aparentemente vira ponto de “nóias”.

No carro ainda, resolvemos pesquisar no booking e acabamos trocando de hotel, com melhor localização. Ao chegarmos ficamos bem satisfeitos, tanto com o quarto quanto com a localização – Monte Castello Hotel, Rua Brigadeiro Franco. Fica a uma quadra da Saldanha Marinho, rua indicada por diversas pessoas com que tivemos contato lá, pela quantidade de barzinhos e pela noite movimentada.

Deixamos as malas no hotel e fomos para o Bar do Alemão, de uber, do jeito que estávamos. Achei a entrada bem escondidinha, mas quando entramos ficamos espantados com o tamanho do lugar. Diferentes ambientes, com decoração típica de taberna alemã e muita gente!

Bar do Alemão.

Fui logo procurando um lugar na área mais interna possível, porque estava (eu, particularmente) morrendo de frio, e achamos uma mesa num cantinho bom. Pedimos uma alcatra na redução de nata e Gabriel pediu um Chopp Submarino, com direito ao souvenir da casa. De tempos em tempos alguém toca uma espécie de campainha e todo mundo grita. O atendimento deles é bom, pelo que entendemos existem os garçons responsáveis pela comida e os encarregados das bebidas. Os chopps chegam muito rápido!

Bar do Alemão.

Arredores do Bar do Alemão.

Não demoramos muito porque já estava tarde e o outro dia seria cheio. Pegamos um uber de volta para o hotel e fomos descansar. Ah, não pude deixar de registrar esse aviso em cima do vaso sanitário do banheiro do hotel, a tradução me divertiu:

Aviso no hotel.

16/06/17

Assim que acordei, espiei pela janela e dei de cara com uma Araucária. É, estamos mesmo no sul! =D

Vista da janela do hotel.

Depois do café, pegamos um uber e fomos para a primeira atração do dia, o Parque Tanguá, um dos principais parques da cidade. Localizado num antigo complexo de pedreiras desativadas e rodeado por algumas mansões, o parque possui uma grande área verde, mirante, lanchonete, ciclovia e pista de Cooper. Tirei muitas fotos, porque o lugar é lindo!

Parque Tanguá.

Pegamos outro uber (parênteses: que coisa boa o uber existir e facilitar nossas vidas e nossas viagens!) e fomos para a Ópera de Arame, que fica próxima ao parque. A Ópera é um teatro construído no Parque das Pedreiras, com estrutura tubular e teto transparente. Foi inaugurada em 1992 e recebe todo tipo de apresentação / espetáculo (Fonte: Ler mais). Mesmo nos horários em que não há apresentações, o local recebe muitos turistas e é um dos símbolos da cidade.

Ópera de Arame.

Nossa próxima parada do dia foi o Museu Oscar Niemeyer (MON), também conhecido como Museu do Olho. Como o nome já sugere, o MON é de autoria de Oscar Niemeyer e foi inaugurado em 2002, sendo considerado o museu de maior área expositiva da América Latina. Ao longo dos anos, o Museu recebeu muitos prêmios: em 2014 foi eleito um dos 20 lugares mais bonitos do Brasil pela CNN; em 2015, em pesquisa de usuários do Tripadvisor, foi eleito o quarto melhor museu do Brasil e o sexto da América do Sul; em 2016, esteve na reportagem da BBC Culture com o título de “Dez espetaculares museus do mundo”, ao lado de museus como o British Museum (Inglaterra), Guggenheim (Espanha) e Vatican Museum (Itália) (Fonte: Ler mais).

Adorei a visita! O museu é lindo, por fora e por dentro, e as exposições muito interessantes, em especial a “Circonjecturas”, do Rafael Silveira. Obras como as dessa exposição me fazem pensar... Pra cria-las o artista não deve bater muito bem da cabeça, ou deve estar chapado em outro planeta... Sério, porque para imaginar cenários, objetos, combinações como essas só pode!!! É muito incrível, louco, diferente... E muito legal!

Vimos várias outras exposições além dessa do Rafael Silveira, com obras interessantes, outras chatas, outras viajantes. Depois de passarmos pelas salas do prédio principal, fomos para o anexo, o Olho, pelo túnel subterrâneo. Algumas fotos que tiramos lá:

MON.

MON - Circonjecturas.

MON.

(Nessa obra interativa acima, o visitante aperta os botões que fazem a caneta vibrar e fazer o desenho).

MON.

(Essa acima é bem mórbida e me deu um nojinho.. Os materiais utilizados: ossos, tripas, porcelana fria, massa caseira, lã e passarinho taxidermizado).

MON.

Saímos do museu e fomos andando para o restaurante mexicano Zapata. Passamos por ele quando estávamos indo de uber para o MON e também vimos indicações boas na internet. E foi uma ótima surpresa! O restaurante é uma graça e a comida muito boa. Pedimos um menu (esqueci agora o nome) que você paga um valor e eles vão servindo vários pratos na mesa. Não nos arrependemos, comemos bastante, pratos diferentes e por um preço justo.

Zapata Mexican Bar.

Voltamos a pé na mesma direção em que viemos, mas para conhecer o Bosque do Papa, que fica ao lado do MON. O Bosque João Paulo II eternizou a passagem do Papa por Curitiba, em 1980, quando ele visitou a casa típica polonesa montada durante uma solenidade e presenteou a cidade com uma homenagem à colônia polonesa. No bosque foram remontadas 7 casas típicas polonesas em forma de aldeia, construídas no início da colonização polonesa na região de Curitiba por volta de 1878 (Fonte: Ler mais).

Nem precisa falar que o Bosque é lindo, pelas fotos dá pra ver.

Bosque do Papa.

Pegamos um uber e fomos para a Torre Panorâmica de Curitiba. Do alto da Torre, que possui 109,5 m, é possível ter uma visão de 360 graus da cidade. Ficamos cerca de 1:40 h na fila, mas em compensação tivemos a felicidade de ver o pôr do sol lá de cima! =D

Torre Panorâmica de Curitiba.

Voltamos para o hotel, nos arrumamos e pegamos um uber para Santa Felicidade, para conhecer um restaurante bem famoso na cidade, o Madalosso. Quando fui a Curitiba em 2005, nós fomos a esse restaurante, mas só lembrava que ele era muito bonito por dentro. Quando chegamos, do lado de fora a estrutura já impressiona. Como chegamos relativamente cedo, conseguimos mesa facilmente, mas já tinha muita gente. Lembro de ter passado por uma mesa e ter pensado: “nossa, pra que esse casal pediu essa quantidade toda de comida, não comeram metade, que desperdício”. Mas depois eu fui entender...

O restaurante funciona em formato rodízio de massas – você paga um valor e os garçons vêm trazendo os pratos de acordo com a lista disponibilizada. Assim que sentamos, um garçom veio nos atender, foi bem simpático. Quando ele virou as costas, vieram outros garçons e ENCHERAM a mesa com os pratos iniciais. Fiquei assustada, bateu aquela ansiedade tipo: “senhor, quanta comida, temos que comer, vou morrer, o que tá acontecendo, quanta gente, quanta comida”. Pedimos um vinho e depois dessa ansiedade inicial comecei a curtir. Percebi que na verdade estava realizando um sonho de criança: sentar numa mesa com pratos a perder de vista e poder comer o quanto quiser, comida infinita! Hahahahaha

À medida que a gente se servia dos pratos na mesa – risoto de frango, polenta frita, frango frito, maionese, etc., os garçons iam repondo os pratos. E sem contar as massas servidas no rodízio – lasanhas, rondeles, nhoques... Bom, em resumo, vale a pena conhecer o local. A comida é boa (não é chique), o atendimento é bom e o custo-benefício é bom. Só que tem que ir com muita fome pra valer a pena. Eu comi bastante, mas fiquei bem, não exagerei. Gabriel saiu passando mal...

Quando saímos de lá tinha tanta, mas tanta gente esperando que a recepcionista tinha que chamar com microfone. Demos uma voltinha na loja de souvenirs que fica em frente, com bastante coisa legal. Algumas fotos que tiramos lá: