Em abril de 2021, tiramos 15 dias de férias. Como
a pandemia ainda não deu trégua, nem pensar em ir para o exterior, então
aproveitamos para conhecer um destino que eu estava sonhando em conhecer:
Bonito – MS!
Em apenas quatro dias (e meio) na cidade
ficamos encantados, Bonito superou as expectativas! É uma cidade pequena, mas
muito bem preparada para receber turistas. Os passeios não são muito baratos,
mas vale a pena pela infraestrutura que é oferecida nas fazendas (a maior parte
dos passeios parte de fazendas): boa sinalização ecológica / de segurança,
vestiários, restaurantes, organização para entrega e recolhimento das roupas e
equipamentos específicos, trilhas bem estruturadas com trechos com degraus /
corrimões construídos, pontos com materiais de primeiros socorros e rádios,
guias experientes, boa parte dos funcionários bilíngues (inglês).
Achei muito legal ver toda uma cidade sendo
fortemente movimentada pelo ecoturismo, saber que várias famílias sobrevivem da
renda gerada por passeios conscientes, que valorizam a natureza. Então pagar um
pouco mais caro pelos passeios não fica tão amargo assim, quando a gente para
pra pensar.
Ao longo desses dias, vimos cenários naturais
de cair o queixo, águas cristalinas como nunca tínhamos visto, uma diversidade
de aves (araras, mutuns-de-penacho, seriemas e tantas outras), peixes
(piraputangas – o mais famoso peixe de Bonito, dourados e outros),
jacarés-de-papo-amarelo, borboletas de dezenas de cores e formatos, muitos
outros animais e exemplares da flora (bocaiúva, bacuri, figueira mata-pau,
jatobá-mirim, angico-vermelho, jaracatiá e muitas outras). Uma viagem para
descansar e lavar a alma com as belezas desse nosso Brasil.
11/04/21
Nossa viagem começou no voo saindo de Vitória
às 10:30h. Chegamos a Viracopos, comemos alguma coisa (na neura, procurando um
canto menos movimentado pra tirar a máscara). Às 13:30h pegamos o voo para
Campo Grande e chegamos às 14h (o fuso é uma hora a menos). Nosso transporte
(van da Vanzella), que já havíamos comprado com antecedência, estava nos
aguardando e seguimos na última parte da viagem. Fizemos uma parada rápida para
lanche em Sidrolândia e seguimos para Bonito - estrada boa, tranquila, trechos
longos sem muitas curvas.
Chegamos a Bonito às 18:30h e a van nos deixou
na Bonitour (agência com a qual fechamos todos os passeios e transfers), para
retirarmos os ingressos no primeiro passeio do dia seguinte (o único que estava
exigindo ingressos impressos). Depois o taxi, já agendado, nos levou à Pousada
Surucuá.
Deixamos nossas coisas, nos arrumamos bem
rápido e o mesmo taxista nos levou ao restaurante Juanita, um dos restaurantes
mais famosos da cidade. Escolhemos uma mesa mais afastada e pedimos Pacu na
Brasa (pacú, batata sautée, brócolis, alcaparras, arroz branco, pirão de
pintado e farofa de banana da terra), cerveja e gin tonica. Teve espaço para
sobremesa também – Dona Chica (camadas de creme paris, doce de abacaxi caseiro
e merengue gratinado). Tudo maravilhoso!
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Juanita. |
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Juanita. |
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Juanita. |
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Juanita. |
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Juanita. |
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Juanita. |
12/04/21
Logo cedo, ainda na cama, acordamos com um som
alto de gritos, e pensei “quem tá gritando uma hora dessas?”. Depois lembrei onde
estávamos, dei uma espiada do lado de fora e percebi que era um grupo de
maritacas, barulhentas por natureza.
Conseguimos tomar café antes do horário normal
da pousada – a maior parte dos passeios tem horário de saída bem cedo, então é
bom checar com o hotel se é possível começar um pouquinho antes. Às 07:00h o
taxi passou na pousada e nos levou à Gruta do Lago Azul.
Primeiro, a guia passou as informações de
segurança, o que se deve e o que não se deve fazer, e nos entregou os
capacetes. Andamos por uma trilha pequena e a guia nos explicou sobre a
geologia local, a formação das estalactites e estalagmites. Na sequência,
iniciamos a descida de 300 degraus para ver o lago mais de perto. Ao longo da
descida, muitas fotos e muito cuidado para não escorregar. O lago é realmente
maravilhoso e vale a pena ver de perto! Não dá pra imaginar, à primeira vista,
mas o lago tem mais de 90 metros de profundidade. Em seu fundo, repousam
fósseis de grandes mamíferos, como o da preguiça gigante e do tigre
dente-de-sabre.
O tempo todo ficamos de máscara – não foi
permitido tira-la em nenhum momento. A subida que foi mais complicada, 300
degraus de volta...
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Gruta do Lago Azul. |
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Gruta do Lago Azul. |
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Gruta do Lago Azul. |
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Gruta do Lago Azul. |
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Gruta do Lago Azul. |
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Gruta do Lago Azul. |
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Gruta do Lago Azul. |
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Gruta do Lago Azul. |
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Gruta do Lago Azul. |
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Gruta do Lago Azul. |
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Gruta do Lago Azul. |
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Gruta do Lago Azul. |
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Gruta do Lago Azul. |
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Gruta do Lago Azul. |
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Gruta do Lago Azul. |
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Gruta do Lago Azul. |
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Gruta do Lago Azul. |
O taxi nos levou de volta para a pousada.
Ficamos um pouco na área da piscina e aproveitei para tirar umas fotos – a pousada
é muito gostosa!
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Pousada Surucuá. |
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Pousada Surucuá. |
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Pousada Surucuá. |
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Pousada Surucuá. |
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Pousada Surucuá. |
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Pousada Surucuá. |
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Pousada Surucuá. |
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Pousada Surucuá. |
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Pousada Surucuá. |
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Pousada Surucuá. |
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Pousada Surucuá. |
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Pousada Surucuá. |
Fomos andando até o Varandas Restaurante e
comemos um Pintado ao Urucum (filé de pintado a dorê coberto com molho especial
de urucum, queijo gratinado, servido com arroz e farofa de banana). Ah, adorei
essa normalidade da farofa de banana por aqui =D.
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Varandas Restaurante. |
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Varandas Restaurante. |
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Arredores do Varandas Restaurante. |
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Varandas Restaurante. |
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Arredores do Varandas Restaurante. |
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Varandas Restaurante. |
Seguimos com o taxi para o último passeio do
dia, a flutuação no Rio Sucuri. O rio Sucuri, que por muitas vezes já entrou na
lista de águas mais claras do mundo, recebe esse nome porque, visto de cima,
devido às suas curvas, aparenta ser uma enorme Sucuri. Tá, muitas vezes as
sucuris também frequentam ali, mas esse não é o motivo principal do nome.
Na área receptiva da fazenda, o guia inicia
explicando como funciona o passeio e nos entrega a roupa de neoprene, o snorkel
e os sapatinhos próprios. Só é permitido levar para o passeio câmeras à prova d’água,
o resto dos pertences deve ficar nos armários que eles disponibilizam.
Percorremos um pedaço numa carrocinha e depois
andamos por um trecho de trilha, para ver nascentes do rio Sucuri. Vimos também
muitos macacos-pregos! Na sequência, a gente entra na água e o guia explica o
que deve ser feito. Em passeios de flutuação, não precisa saber nadar – além de
estar com coletes, a atividade é acompanhada do início ao fim pelo guia, basta
você seguir as instruções e contemplar a paisagem.
Que passeio incrível! A água é realmente
surreal de cristalina e, em conjunto com a vegetação e os peixes, dá uma
sensação de felicidade de imersão (literalmente) na natureza. Bate aquele
orgulho de ter tanta beleza natural no nosso país! Confesso que fiquei aflita
com medo de dar de cara com uma sucuri ou um jacaré, mas isso não aconteceu,
ufa... São aproximadamente 50 minutos de passeio e deu pra tirar bastante foto. Um vídeo que fiz: Vídeo - flutuação no rio Sucuri.
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Flutuação no rio Sucuri. |
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Flutuação no rio Sucuri. |
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Flutuação no rio Sucuri. |
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Flutuação no rio Sucuri. |
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Flutuação no rio Sucuri. |
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Flutuação no rio Sucuri. |
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Flutuação no rio Sucuri. |
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