sexta-feira, 3 de março de 2023

Temporada em Miami 2022 - Parte 1


Iniciando uma série de posts contando como foi nossa experiência de viver uma temporada em Miami, em 2022. 


Alguns meses depois que fiquei grávida, Gabriel me falou sobre um programa que ele tinha visto, chamado “Ser Mamãe em Miami”, em que você paga um pacote para fazer o que o próprio nome já diz, ter seu bebê em Miami. Tudo com muita seriedade e dentro da lei, é claro. De cara fiquei aflita com essa possibilidade - ter nosso primeiro filho longe de casa, da família, não me parecia a melhor ideia do mundo. Fora os outros pontos que eu via como negativos, desde como lidar com nossos gatos até a possibilidade de furacões, passando por possíveis imprevistos na gravidez. Depois de muito pensar e amadurecer os planos, acabei mudando de ideia - seria uma oportunidade única em nossas vidas, incluindo abrir futuras portas para o Daniel.


A decisão foi tomada quase que em cima da hora, mas acabou dando tudo certo. Viajamos dentro do limite de prazo recomendado pela minha obstetra no Brasil (28 semanas) e tivemos uma experiência muito boa (claro que nem tudo foi perfeito). Vou reunir em alguns posts um pouco do que vivemos, dos passeios, da nossa rotina (continuamos trabalhando à distância) e dos preparativos para receber o Daniel. Vou escrever em formato de diário mesmo, às vezes com fotos e informações que só interessam a mim mesma (adoro relembrar depois), pois essa é a intenção maior desse blog.


Saímos do Brasil no dia 03/07/22 e retornamos no dia 28/10/22 - foram quase quatro meses vivendo numa cidade muito bonita, que sempre quis conhecer mas ainda não tinha tido a oportunidade. Nesse período, constatei algumas coisas:


  • A impressão é de que estamos num país latino. Em todos os lugares, gente falando espanhol, até mais do que inglês - em restaurantes, nas placas / outdoors, motoristas de Uber e até os funcionários na imigração do aeroporto! 

  • Em diversas lojas e restaurantes (muitos mesmo!), havia cartazes de “now hiring” (contratando). 

  • Os carros aqui não têm placa na frente, só na traseira. Isso é um grande empecilho para identificar o Uber.

  • Na época em que fomos, chovia quase todos os dias à noite, muitos raios. Os dias, em sua maioria, muito bonitos e ensolarados. Mas o calor é insuportável em julho e agosto (me lembrou até Colatina, sem brincadeira).

  • Curiosamente, nem todos os lugares aqui aceitam cartão digital, como uma locadora de veículos e um restaurante em que fomos. 

  • Algumas vezes nossos celulares começaram a vibrar ao mesmo tempo, com alerta de rapto de criança. Nunca tinha visto isso antes.

  • A impressão que tivemos é que a marofa está everywhere. É muita loja de cigarro num lugar só.

  • Em praticamente todos os lugares é preciso pagar para estacionar. Alguns lugares tem maquininhas, em outros é só por aplicativo. E de vez em quando vimos fiscais aplicando multas.

  • Nos primeiros dias na cidade, tivemos uma má impressão das pessoas, meio mal educadas. Talvez foram os lugares aonde fomos ou porque ficamos comparando com outros lugares em que estivemos nos Estados Unidos. 

  • Percebemos uma diferença entre os bairros. O Centro e Brickell são mais verticais, com prédios mais modernos e altos. Os outros bairros são mais horizontais - e dão mais aquela cara de Flórida que vemos nos filmes e séries.


Pois bem, vamos ao diário! =D



03/07/22


Depois das despedidas aflitas, saímos de Vitória às 20h. Em Guarulhos, embarcamos às 23h - conseguimos ficar num daqueles assentos atrás do banheiro, com mais espaço para as pernas. Isso foi uma mão na roda para meu barrigão. O voo foi tranquilo, assisti King Richard. 


Aeroporto de Vitória, iniciando mais uma aventura.


04/07/22


Chegamos a Miami às 6h, no feriado de 4 de julho. Na imigração as coisas não foram tão tranquilas - é claro que quando falamos que íamos ficar quatro meses na cidade isso levantou muitas suspeitas no agente. Depois de muitas perguntas e de apresentarmos todos os comprovantes (do programa, de estadia, de capacidade financeira), ele acabou liberando a gente.


Pegamos um Uber até o apartamento que alugamos no Booking - Grove 27, Coral Gables. Não conseguimos entrar logo no prédio - as entradas são todas por senhas, não tem chaves. Ficamos esperando um pouco na escadinha e recebemos as instruções para a entrada. Gostamos bastante do apartamento, tem os itens básicos para morar (panelas, utensílios de cozinha, lençóis, toalhas, ferro de passar, essas coisas) e o ar condicionado central é item necessário para sobrevivência aqui nessa época do ano.


Na escada do nosso prédio.

Frente do nosso prédio.

Frente do nosso prédio.

Nosso primeiro apartamento - Grove 27.

Nosso primeiro apartamento - Grove 27.

Vista do nosso primeiro apartamento - Grove 27.

Nosso primeiro apartamento - Grove 27.

Nosso primeiro apartamento - Grove 27.

Nosso primeiro apartamento - Grove 27.

Varanda do nosso primeiro apartamento - Grove 27.

Tomamos um banho e saímos para andar pela vizinhança e ver carro para alugar. Só que estava extremamente quente, um sol de rachar.  A poucos metros do nosso apartamento tem uma loja brasileira, com tudo o que se possa imaginar do Brasil, incluindo açaí, pão de queijo e paçoca. O pouco que andamos já foi o suficiente para me deixar cansada e com dor nas costas. Paramos para almoçar no Sergio’s, um restaurante de comida cubana. Aliás, a influência cubana na cidade é muito grande. Pedi um Cuban Chicken Fried Rice Lunch (arroz frito, frango, presunto, ovos, banana da terra frita, ervilha, cenoura), estava gostoso (e grande).


Andando pela vizinhança.

Andando pela vizinhança.

Andando pela vizinhança.

Andando pela vizinhança.

Restaurante Sergio's.

Restaurante Sergio's.

Restaurante Sergio's.

Restaurante Sergio's.

Restaurante Sergio's.

Fomos a uma locadora de veículos, mas não achamos um carro com bom custo benefício pra gente. Fomos ao supermercado Winn-Dixie e lembrei como é divertido ir ao supermercado nos Estados Unidos. De fato é um país desenhado para se consumir e consumir e consumir - isso não é muito legal, mas eu estaria mentindo se falasse que não é divertido ver tanta coisa diferente. Fui direto onde eu mais ansiava, desde o planejamento da viagem: a prateleira de pães de lata! Compramos pouca coisa.


Winn-Dixie.

Winn-Dixie.

Pegamos um uber até o apartamento, dormimos um pouco e comemos pizza. No apartamento tem um painel digital na parede, onde a gente pode ver o mapa da cidade e pesquisar atrações, restaurantes e afins. Achei bem tecnológico esse prédio (fico imaginando como isso vai soar daqui a alguns anos…).


Dando início à comilança desregrada por aqui.

Painel no apartamento.

Por volta das 20h, horário em que o sol está quase se pondo, pegamos um Uber até o Bayfront Park. Tinham food trucks e shows de bandas, em comemoração ao 4 de julho. Quando chegamos, a banda cubana Timbalive estava tocando, as pessoas estavam dançando animadas e até eu dancei - a salsa é muito contagiante! Cantaram o hino dos Estados Unidos e teve show de fogos. Sobre a influência cubana e sobre parecer que estamos num país latino: na comemoração do dia da independência dos Estados Unidos uma série de shows de bandas cubanas / latinas, inclusive com destaque para a bandeira de Cuba no palco. Mas, pela fala da cantora (em espanhol, diga-se de passagem), eles sentem muita gratidão pelos Estados Unidos e pelas oportunidades que tiveram aqui. Voltamos para o apartamento de Uber.


Bayfront Park.

Bayfront Park.

Bayfront Park.

Bayfront Park.

Bayfront Park.


Bayfront Park.

Bayfront Park.



Um vídeo que fiz: Bayfront Park - Miami, 4th of July, 2022.



05/07/22


Tirei 15 dias de férias no trabalho, começando por ontem. Acordei e não perdi tempo, já fui fazer meu tão sonhado pão de lata. Essa é a coisa dos Estados Unidos que eu mais queria que tivesse no Brasil (onde eu moro, né) hahaha Amo de paixão. 

Pão de lata! =D

Fiquei vendo TV e lendo livro pela manhã e Gabriel ficou trabalhando, ele não tirou férias. Às 12:00h fomos pegar o carro alugado - não precisa de carteira de habilitação internacional para dirigir aqui, serve a do Brasil mesmo. Alugamos só por uns dias, pois vimos que ficar sem carro aqui é tenso. Depois a gente decide se vai alugar por um período maior.


Paramos no Winn-Dixie e fizemos compras. Uma das coisas que estava encucada no Brasil era se eu ia achar as frutas que costumo comer, mas me preocupei à toa, meu mamão formosa estava me esperando lindinho na prateleira. Mas banana prata aqui esquece, só encontra nanica. Compramos nosso almoço lá também, eles tem um buffet a peso. Uma das coisas que mais gostei de comprar no supermercado, na onda de comer saudável, foram as saladas prontas no pacotinho - tem diversas opções, só abrir, misturar os complementos e molho e pronto.


Nosso primeiro carro.

Winn-Dixie.

Winn-Dixie - quantos tomatinhos diferentes!

Almoço Winn-Dixie.

Compras Winn-Dixie - pra mostrar pra mamãe como tô me esforçando pra comer saudável.

 

Descansei, vi Grey’s Anatomy enquanto Gabriel trabalhava. Percebemos que, com esse calor intenso, não dá pra ficar fazendo passeios de dia a céu aberto, é insustentável. Então aproveitamos para fazer nossos passeios ao fim do dia. 


Hoje fomos ao Bayside Marketplace, um local que vale muito a pena conhecer na cidade. É um mercado à beira do mar, que existe há 35 anos, com várias lojinhas e restaurantes. Dali saem vários passeios de barco e é ali que fica a roda gigante que costuma aparecer nos cartões postais da cidade. O Hard Rock Cafe também fica ali e é claro que tivemos que dar um pulo pra conhecer. Demos uma volta, gostamos bastante de lá, ficamos no LandShark Bar & Grill e comemos uns nachos, enquanto o sol ia embora (as três últimas fotos foram tiradas entre 20:15h e 20:40h).


Arredores do Bayside Marketplace.

Arredores do Bayside Marketplace.

Arredores do Bayside Marketplace.

Arredores do Bayside Marketplace.

Arredores do Bayside Marketplace.

Bayside Marketplace.

Bayside Marketplace.

Bayside Marketplace.

Bayside Marketplace.


Bayside Marketplace.

Bayside Marketplace.

Bayside Marketplace.

Bayside Marketplace.


Bayside Marketplace.

Bayside Marketplace.

Bayside Marketplace.


Bayside Marketplace.

Bayside Marketplace.

Bayside Marketplace.

Bayside Marketplace.

Bayside Marketplace.

Bayside Marketplace.

Bayside Marketplace.

Bayside Marketplace.

Bayside Marketplace.

Bayside Marketplace.

Bayside Marketplace.

Bayside Marketplace.

Bayside Marketplace.

Hard Rock Cafe.

Hard Rock Cafe.

Hard Rock Cafe.

Bayside Marketplace.

Bayside Marketplace - LandShark Bar & Grill.

Bayside Marketplace - LandShark Bar & Grill.

Bayside Marketplace - LandShark Bar & Grill.

Bayside Marketplace - LandShark Bar & Grill.

Bayside Marketplace.

Bayside Marketplace.


06/07/22


Hoje pela manhã aproveitamos enquanto o sol ainda estava fraco e fomos dar uma caminhada pela vizinhança. 


Andando pela vizinhança.

Andando pela vizinhança.

Andando pela vizinhança.

Andando pela vizinhança.

Andando pela vizinhança.

Fiz um almocinho em casa e deixei de ter preconceito com feijão enlatado. É o feijãozinho da mamãe? Não. Mas é super prático e é o que temos para hoje, é só temperar direitinho e fica uma maravilha.


Almocinho em casa.

Aproveitei o dia para pesquisar outros apartamentos (fizemos a reserva aqui só por alguns dias, vamos buscar algum com melhor custo benefício), dormir (enquanto ainda posso) e colocar Grey’s em dia.


Ao fim da tarde, fomos dar uma volta em Coconut Grove, um bairro super legal, arborizado e bonito, com cafés e lojas legais. Adoramos a vibe de lá! Comi um pedaço de key lime pie (tortinha de limão), sobremesa típica daqui, no Fireman Derek’s Bake Shop - delícia!


Coconut Grove.

Coconut Grove.

Coconut Grove.

Coconut Grove.

Coconut Grove.

Coconut Grove.

Coconut Grove.

Coconut Grove.

Coconut Grove.

Coconut Grove.

Coconut Grove.

Coconut Grove.

Fireman Derek's Bake Shop.

Fireman Derek's Bake Shop.

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