quarta-feira, 5 de outubro de 2016

Europa 2015/2016 - Dia 17 - Berlim

05/01/16


Hoje acordamos bem cedo, fizemos o check-out no hotel e pegamos um trem até o aeroporto de Bruxelas. Comemos alguma coisa lá mesmo e pegamos um avião para a próxima cidade dessa Eurotrip: Berlim!

Ah, no aeroporto de Bruxelas, Gabriel foi parado porque esqueceu perfume e desodorante na mochila. Novidade, sempre acontece alguma coisa com ele nos aeroportos... O voo para Berlim foi tranquilo e rápido e o avião estava bem vazio. Quando chegamos lá e saímos do aeroporto de Berlim, já percebemos que o clima estava bem mais frio que o das outras cidades que visitamos. Quando estávamos procurando a entrada do metrô, encontramos pessoas muito solícitas. Sem perguntarmos nada a ninguém, algumas pessoas perceberam que tínhamos acabado de chegar e ofereceram ajuda, indicando onde tínhamos que pegar o metrô.

Agora uma pausa para falar dos metrôs de Berlim. Descemos as escadas onde estava indicada a entrada do metrô, com dificuldade, porque estávamos com nossas malas. Assim que descemos, percebemos que já estávamos no lugar onde o metrô realmente passa, onde as pessoas embarcam. Achei estranho, pois não tinha nenhuma catraca, nenhum controle de entrada. Eu já estava com o mapa do metrô na mão e sabia para onde tínhamos que ir (outro detalhe, impossível pronunciar o nome das estações ou das ruas), estava prestando atenção no metrô que estava chegando. Até passou pela minha cabeça: “ah, esse metrô deve ser de graça porque ele é o mais próximo ao aeroporto. Ou a gente deve ter que pagar quando chegar lá”. Entramos no metrô, sem bilhetes. Quando chegamos na nossa estação, saímos normalmente, sem cobrança. Depois, mais tarde, quando fomos pegar outro metrô, percebemos que todos são assim, sem catracas! O que tem que ser feito é o seguinte: você vai numa das máquinas que tem em toda estação (tipo um caixa eletrônico), escolhe a opção de passagem que você quer (tem umas passagens diferentes, para quem vai para regiões mais distantes de Berlim), paga (com dinheiro ou cartão – agora não lembro quais cartões são aceitos, mas tentamos com os nossos e não conseguimos, então pagamos com dinheiro. Fica a dica) e os bilhetes são emitidos. Depois você tem que autenticar o bilhete numa outra maquininha que tem nas estações (essa máquina carimba sua passagem com data e horário). Aí você tem um período para usar aquele ticket (não lembro, acho que eram umas 3 horas), mas uma vez só. Aleatoriamente, entram fiscais, em duplas, nos trens para checar as passagens. Um dia vimos um cara do nosso lado tomar uma multa, pois estava sem ticket. Não sei muito bem o que acontece com turistas, mas também não estávamos com vontade de descobrir. Vou confessar, sem orgulho nenhum, que nós fizemos algumas viagens sem ticket (o euro estava tão caro que resolvemos arriscar e as passagens não são muito baratas), mas não recomendo, é uma situação bem chata. Mas resumindo, ficamos de cara com essa “liberdade” toda no metrô. Vimos isso em Los Angeles também, em algumas estações, e também achamos estranho. Acho que ficamos surpresos porque temos mente de brasileiro, já pensando em como isso não funcionaria no nosso país, por causa da cultura. Primeiro mundo é outra coisa!

Chegamos ao hotel, bom e bem localizado, por sinal, deixamos nossas malas e nos arrumamos para sair. Como estava MUITO frio, resolvi me preparar bem. Deem uma olhada no que eu usei (todos os dias em Berlim): uma “ceroula” (segunda pele de calça), duas calças (sim, duas calças normais, uma por cima da outra), duas blusas de frio, um casaco grosso, outro casaco mais grosso por cima, um cachecol, um par de luvas, duas meias e as botas. Pensei: “agora sim, quero ver sentir frio”. Inocente! Senti frio sim, bastante. O problema maior foram os pés. Minhas botas não eram muito apropriadas para o frio, então sofri MUITO, senti MUITA dor nos pés todos os dias que ficamos em Berlim, mesmo usando duas meias (e uma sacola entre elas, para evitar molhar os pés com a umidade de fora). Além de não serem muito isolantes, minhas botas tinham as solas lisas, então foi bem difícil andar nos dias em que nevou, estava escorregando bastante. Tive que andar igual a uma velhinha bem velhinha, com passos curtos e bem devagar. Então fica a dica para quem quer ir a algum lugar que esteja frio e onde há a possibilidade de nevar: leve calçados apropriados, que “esquentem” os pés e que sejam antiderrapantes.

Roupas que usei em Berlim.

Nossa primeira parada do dia, que fica na rua do nosso hotel, foi o Checkpoint Charlie. O Checkpoint Charlie era um dos postos militares que separavam a Alemanha Ocidental e a Alemanha Oriental durante a Guerra Fria. Ele se tornou um símbolo da Guerra Fria, representando a separação entre leste e oeste e, para alguns alemães orientais, uma estrada para a liberdade. Hoje é uma atração turística bem movimentada. Tem até pessoas vestidas a caráter, um guarda soviético e um guarda americano, simbolizando a divisão da cidade naquela época.

Checkpoint Charlie.

Checkpoint Charlie.

Checkpoint Charlie.

Checkpoint Charlie.

Ver o Checkpoint Charlie me deu a sensação: “é, chegamos a Berlim, hora de preparar coração para fortes emoções”. Minha vontade de visitar Berlim estava muito ligada à história da Alemanha. A Segunda Guerra e a Guerra Fria são assuntos que me atraem e me emocionam muito, adoro ver filmes, documentários e ler sobre esses episódios da história. Então, quando fiz o roteiro dessa viagem, estava preocupada em não deixar de fora as atrações principais relacionadas a esses assuntos, o resto seria secundário.

Ao lado do Checkpoint Charlie, estavam fazendo propaganda de tours de ônibus pela cidade. Não tínhamos colocado isso no roteiro, mas resolvemos ir. Seria uma boa forma de conhecer a cidade como um todo, nesse frio da moléstia. O passeio foi bem legal, deu pra ver vários pontos da cidade e tinha um guia falando sobre os pontos, primeiro em alemão e depois em inglês. Achei muito engraçado, porque quando ele falava em inglês, era uma voz muito simpática e feliz, quando ele mudava para o alemão, parecia que voz dele também mudava, mal humorado e dando a impressão de xingar todo mundo. Hahahahahah

O ônibus parou num dos principais pontos turísticos de Berlim, o Brandenburger Tor (Portão de Brandemburgo). O Portão foi encomendado pelo rei da Prússia Frederico Guilherme II e construído entre 1788 e 1791. Sofreu danos consideráveis na Segunda Guerra e partir da queda do muro de Berlim, em 1989, passou a ser considerado um símbolo de união. Fonte: Ler mais.

Saltamos do ônibus para ir ver esse monumento de perto e aproveitamos para comprar um chocolate quente na Starbucks do lado, para esquentar um pouco. Voltamos para o ônibus e terminamos o passeio. Algumas fotos que tiramos durante o tour:

Tour em Berlim.

Tour em Berlim.

Tour em Berlim.

Tour em Berlim.

Tour em Berlim.
Tour em Berlim.

Tour em Berlim.

Tour em Berlim.

Tour em Berlim.

Tour em Berlim.

Tour em Berlim.

Tour em Berlim.

Tour em Berlim.

Tour em Berlim.

Tour em Berlim - Portão de Brandemburgo.

Tour em Berlim - Portão de Brandemburgo.

Tour em Berlim - Portão de Brandemburgo.

Tour em Berlim.

Tour em Berlim - Portão de Brandemburgo.

Tour em Berlim.

Tour em Berlim.

Tour em Berlim.

Tour em Berlim.

Tour em Berlim.

Tour em Berlim.

Tour em Berlim.

Tour em Berlim.

Tour em Berlim.

Tour em Berlim.

Tour em Berlim.

Tour em Berlim.

Tour em Berlim.

Tour em Berlim.

Tour em Berlim.

Tour em Berlim.

Tour em Berlim.

Tour em Berlim.

Tour em Berlim.

Tour em Berlim.

Tour em Berlim.

Depois da tour de ônibus, pegamos o metrô e fomos até o Berlin Wall Memorial (Memorial do Muro de Berlim).

Como todo mundo sabe, o Muro de Berlim foi um Muro construído para dividir a Alemanha Oriental (socialista) da Alemanha Ocidental (capitalista). Depois da guerra, o Partido Comunista começou a estabelecer uma ditadura na Alemanha Oriental. A maior parte da população deste lado da Alemanha não concordava com o sistema político e econômico instaurado e, então, foi iniciada uma migração em massa para o Oeste. Para tentar frear essa migração, o muro foi construído. Mesmo com todas as fortificações instaladas, as pessoas ainda conseguiam fugir, então os soldados passaram a ter passe livre para atirar nos fugitivos. De 13 de agosto de 1961 a 9 de novembro de 1989, esse muro trouxe muita dor e tristeza para muitas famílias – pelo menos 138 pessoas morreram / foram mortas nesse período. A queda do muro, em 1989, causada por mudanças no cenário político, levou ao fim da República Democrática Alemã, como era conhecida a Alemanha Oriental. Fonte: Ler mais.

Assim que chegamos, paramos no Centro de Visitantes do Memorial e assistimos a alguns vídeos, falando mais sobre o Muro de Berlim e todo o sofrimento que ele trouxe. Depois fomos ver de perto partes do muro que ainda ficaram de pé. Foi emocionante poder ver e tocar o muro, sabendo de toda a importância histórica que ele teve. Também vimos um mural com fotos de pessoas que foram mortas tentando atravessar o Muro.

A caminho do Memorial do Muro de Berlim.

A caminho do Memorial do Muro de Berlim.

Memorial do Muro de Berlim.

Memorial do Muro de Berlim.

Memorial do Muro de Berlim.

Memorial do Muro de Berlim.

Memorial do Muro de Berlim.

Memorial do Muro de Berlim.

Memorial do Muro de Berlim.

Memorial do Muro de Berlim.

Memorial do Muro de Berlim.

Memorial do Muro de Berlim.

Memorial do Muro de Berlim.

Memorial do Muro de Berlim.

Foto acima: Essas casas, na Rua Bernauer, ficavam do lado Leste de Berlim, mas a calçada estava do lado Oeste. Então, para evitar fugas, as janelas e portas foram fechadas com alvenaria e os moradores foram forçados a se mudar.

Depois pegamos o metrô de novo e fomos até o Memorial do Holocausto. Como vocês podem ver pelas fotos, começou a nevar. Estava tão frio que resolvemos puxar os cachecóis para cobrir parte do rosto, para esquentar.

Esse Memorial, também conhecido como Memorial to the Murdered Jews of Europe (Memorial aos Judeus Mortos da Europa) é um espaço construído em homenagem aos cerca de 6 milhões de judeus que foram vítimas do Holocausto, a perseguição e exterminação cruel do regime comandado por Hitler. Depois de ver um pouco das estruturas da parte externa do Memorial, entramos no Centro de Informações para ver a exibição. À medida que avançávamos na exposição, lendo os painéis e observando os retratos, meu coração ficava mais apertado. Não consegui conter as lágrimas quando comecei a ler os vários trechos de cartas de vítimas e pessoas que viram de perto os horrores daquela época. É uma visita bem triste, mas imperdível.

A caminho do Memorial do Holocausto.

A caminho do Memorial do Holocausto.

A caminho do Memorial do Holocausto.

A caminho do Memorial do Holocausto.

Memorial do Holocausto.

Memorial do Holocausto.

Memorial do Holocausto.

Memorial do Holocausto.

Memorial do Holocausto.

Memorial do Holocausto.

Memorial do Holocausto.

Memorial do Holocausto.

Memorial do Holocausto.

Depois fomos andando até o Portão de Brandemburgo, para vê-lo iluminado à noite. Lindo demais!

A caminho do Portão de Brandemburgo.

A caminho do Portão de Brandemburgo.

Portão de Brandemburgo.

Portão de Brandemburgo.

Portão de Brandemburgo.

Portão de Brandemburgo.

Portão de Brandemburgo.

Portão de Brandemburgo.

Portão de Brandemburgo.

Seguimos andando até o Reichstag, prédio que abriga o parlamento alemão (Bundestag). Nós fizemos a visita à cúpula - tem que agendar antes pelo site (Ler mais) e chegar na hora marcada. O controle na entrada é bem rígido. Ao contrário do que pensávamos, a cúpula é aberta, então estava fazendo MUITO frio lá dentro. Pegamos um audioguia e fomos subindo pelas rampas, ouvindo um pouco sobre a história do prédio. Como estava já escuro e o tempo não estava colaborando, não conseguimos ter uma vista muito boa lá de fora (acho que daria para aproveitar mais se fosse em outra época do ano ou pelo menos num dia com clima melhor). Algumas fotos que tiramos lá:

Reichstag.

Reichstag.

Reichstag.

Reichstag.

Reichstag.

Reichstag.

Reichstag.

Reichstag.

Reichstag.

Reichstag.

Reichstag.

Reichstag.

Reichstag.

Reichstag.

Reichstag.

Reichstag.

Reichstag.

Reichstag.

Reichstag.

Pegamos o metrô, paramos num McDonald’s na rua do hotel, comemos, compramos água e cerveja numa lojinha próxima ao hotel e voltamos para o hotel.


Hoje passamos muito frio, mas foi um dia ótimo, fizemos tudo o que queríamos e mais um pouco! =D

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