domingo, 17 de novembro de 2019

Ásia 2019 - Dia 1 - Bangkok

Começando mais uma série de posts de uma viagem incrível que fizemos em 2019 – Ásia!


Ir à Ásia era um desejo que eu já vinha cultivando há algum tempo (tá bom, eu cultivo desejos de viagens para praticamente todo lugar do mundo), mas fechar a lista de destinos não foi muito fácil, afinal de contas o continente é cheio de cidades incríveis e diferentes e exóticas que eu ainda quero visitar um dia. Foi especialmente difícil deixar o Vietnã de fora do roteiro (acho que vale uma visita à parte), mas decidimos visitar os seguintes países: Tailândia, Camboja, Malásia e Singapura.

Logo de cara já sabíamos que íamos encontrar diferenças grandes entre esses países, que possuem realidades opostas – enquanto Camboja está em 146 º lugar (de 189) no ranking de IDH e com renda per capita anual de US$ 1.384,42, Singapura ocupa o 9 º lugar no ranking e renda per capita de US$ 57.714,30. E pudemos confirmar isso nas cidades de visitamos. Em Siem Reap, cidade mais turística do Camboja, ruas sem pavimentação são predominantes; já em Singapura, é difícil achar um lixinho que seja no chão. Mas essas diferenças, apesar de tristes, enriquecem a viagem e a vida. =D

Antes de começar os posts de cada dia, algumas observações gerais:


  • Comidas: observamos que, em geral, a comida asiática tem o agridoce como elemento central – eu, particularmente, adorei, quanto mais diferente mais legal. O arroz, por outro lado, me decepcionou – apesar de estar na maioria dos pratos, é muito sem sal, um desperdício (eu amo arroz de paixão). E nos restaurantes em geral, o comum é servir os pratos com garfo e colher, ao invés de garfo e faca, pois muitos dos pratos têm caldo.


  • Proibições: ao visitar países com culturas diferentes da nossa, é interessante pesquisar antes sobre costumes e proibições, para não dar vexame ou até infringir alguma lei. Por exemplo, achei curioso ser proibido marcar chiclete nos trens em Kuala Lumpur, e atravessar fora da faixa em Singapura pode até dar multa.


  • Pessoas: depois dessa viagem confesso que perdi um pouco da (mas não toda) vontade de visitar países como a China e a Índia. No geral (veja bem, disse no geral, com base na experiência que tivemos, o que não significa ser uma verdade absoluta, obviamente que não), achei os chineses espaçosos e pouco educados. Olha que sou brasileira e descendente de italiano, com tendência a falar gritando. E sobre os indianos (em maior quantidade em Kuala Lumpur), fiquei incomodada com os olhares esquisitos e, se eu estivesse sozinha, ficaria bem insegura. Mas no geral, nos sentimos muito bem recebidos em todos os lugares – os tailandeses, principalmente, são uns amores, super simpáticos!


  • Comparação entre os países: como eu falei, visitamos locais com características bem diferentes entre si e em relação à nossa realidade. Achei legal trazer essa tabelinha abaixo com alguns dados, que tirei de uma busca simples no Google (tá, não me preocupei em buscar fontes confiáveis, mas oreva).



Tailândia
Camboja
Malásia
Singapura
Brasil
Língua oficial
Tailandês
Khmer
Malaio e inglês
Inglês, malaio, mandarim, tâmil
Português
Moeda
Baht tailandês
Riel
Ringgit
Dólar de Singapura
Real
Área
513.120,15 km²
181.035 km²
329.847 km²
716,1 km²
8.515.767,049 km²
População (2017)
69,04 mi
16,01 mi
31,62 mi
5,612 mi
209,3 mi
PIB (2017)
US$ 455,2 bi
US$ 22,16 bi
US$ 314,5 bi
US$ 323,9 bi
US$ 2,056 tri
Renda per capita (2017)
US$ 6.593,82
US$ 1.384,42
US$ 9.944,90
US$ 57.714,30
US$ 9.821,41
IDH (2018)
0,755 (83.º)
0,582 (146.º)
0,802 (57.º)
0,932 (9.º)
0,759 (79 º)
Religião predominante
Budismo
Budismo
Islamismo
Budismo
Cristianismo - catolicismo


16/03/19



Chegamos ao aeroporto de Vitória e, no check-in na Avianca, já pediram para conferir o cartão de vacina internacional. Eu tirei o meu cartão pela internet, no site da Anvisa, e ainda bem que deu tudo certo. Os atendentes da Avianca informaram que uma companhia aérea, a South African Airways, não estava aceitando esses emitidos na Internet – então fica a dica, melhor tirar presencialmente na Anvisa.

Saímos de Vitória às 19:45h e chegamos a Guarulhos por volta das 21:15h. Queríamos jantar no Olive Garden, mas de novo cometemos o mesmo erro – embarcamos antes e erramos o caminho (o Olive Garden fica antes do embarque). Comemos no Pizza Hut mesmo e morremos de esperar.



17/03/19


Nosso voo para Doha saiu de Guarulhos às 02:50h. Viajamos com a Qatar Airways, uma ótima companhia aérea. Gabriel ficou na janela e eu no meio. Além do cobertor e travesseirinho de costume, nos deram um kit com escova, pasta, protetor auricular, lip balm, máscara de dormir e meias. Entregaram ainda um menu com as opções de cada refeição ao longo da viagem – nas 16 horas de voo, tivemos um jantar, um lanche e um brunch.

Aproveitei o tempo livre para assistir alguns filmes que queria – Hidden Figures e Shape of Water. E já percebemos as diferenças culturais entre as duas metades do globo dentro do avião – na tela individual, tinha como selecionar o Alcorão para leitura, havia avisos pedindo para permanecer sentado durante as orações e no mapa de voo tinha a direção de Meca.


Aviso no avião da Qatar Airways.


18/03/19


Depois de longas 16 horas, chegamos a Doha com atraso. Desembarcamos às 00:50h e já havia iniciado o embarque do nosso próximo voo. Saímos correndo e ainda bem que não passamos por imigração, só pelos detectores de metal. Também demos a sorte de nosso portão ser bem próximo.


Aeroporto Doha.

Encaramos mais 6 horas de viagem entre Doha e Bangkok, também pela Qatar Airways. Depois de um lanche, uma refeição e dois filmes (Life of Pi e Ferdinando), chegamos a Bangkok, às 12:30h. Como o Brasil estava na lista do Health Control, tivemos que preencher formulários de controle de Febre Amarela, passar por essa fila específica, onde eles conferem o cartão internacional de vacina, e depois formos para a gigantesca fila de imigração.


Aeroporto Bangkok.

Ainda no aeroporto Suvarnabhumi, trocamos alguns dólares por bahts. Pegamos um taxi até nosso hotel, tomamos um banho e dormimos umas 02:30h.

Nos arrumamos e fomos a pé (bem pertinho do hotel) conhecer um dos principais pontos turísticos de Bangkok, a Khaosan Road. É aquela rua caótica que a gente vê nos filmes (Se beber não case e A Praia), onde tudo acontece e ninguém dorme. Realmente, a gente vê de tudo lá. Existem muitas barracas de frutas (abacaxi, manga, pitaya, mangostim – em todos os lugares da Tailândia que visitamos), lojas de roupas, lojas de massagem e barraquinhas de Pad Thai e insetos. Também andamos pela Rambuttri, uma rua próxima, também movimentada, mas relativamente mais tranquila e bonita. Gostamos mais de andar pela Rambuttri, os restaurantes e barzinhos são bem legais, ficamos em dúvida sobre onde parar para comer.


Arredores do hotel em Bangkok.

Khaosan Road.

Khaosan Road.

Khaosan Road.

Khaosan Road.

Khaosan Road.

Khaosan Road.

Khaosan Road.

Khaosan Road.

Khaosan Road.

Khaosan Road.

Khaosan Road.

Khaosan Road.

Rambuttri Road.

Rambuttri Road.

Rambuttri Road.

Rambuttri Road.

Rambuttri Road.

Rambuttri Road.

Rambuttri Road.

Rambuttri Road.

Rambuttri Road.

Um vídeo na Rambuttri: Andando pela Rambuttri.

Fomos a uma agência de turismo / viagens, a Mr. Thai, perto do hotel Rambuttri Village, e fechamos 2 passeios, para dois dias diferentes. Depois chegou uma hora muito esperada da viagem, a hora de comer escorpião.

É claro que eu não ia sair da Tailândia sem comer algo estranho, e decidi provar o escorpião. Percebi que essas barraquinhas de insetos são mais para turistas mesmo, mas isso não fez diferença. Tive medo de estragar alguns dias de viagem passando mal por comer porcaria? Tive. Amarelei? Não. É o tipo de coisa que eu queria fazer uma vez na vida e fiz. Escolhi um bem pequeno e bonitinho e mordi. Nada demais, um crocante com gostinho de caramelizado (acho que eles fazem isso para ficarem mais atrativos). E ainda dividi com Gabriel. Comeria de novo!

Barraquinha de insetos.

Comendo escorpião.

Um vídeo desse momento: Comendo escorpião.

Paramos para comer no My Darling, na Rambuttri. Pedimos Pad Thai – um macarrão de arroz frito com legumes e carne (você pode escolher o sabor). Estava bem gostoso, puxado para o agridoce, como já disse. Pedi um daiquiri de morango, para refrescar, e Gabriel provou a Chang, cerveja tailandesa.

Jantar no My Darling.

Jantar no My Darling.

Jantar no My Darling.

Na volta para o hotel, paramos numa 7 eleven do outro lado da rua (ficar perto de 7 eleven é sempre bom) e compramos água, chocolate e cerveja. BTW, andar por uma lojinha dessas num país asiático é uma atração à parte – muitos produtos diferentes e rótulos impossíveis de ler. Pena que não tirei fotos.



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